Servidores fazem ato com mais de 50 mil pessoas contra pacotaço de maldades de Richa

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O Sinditest esteve presente na marcha em apoio à luta dos servidores públicos do Paraná!

Diante do ataque do governo neoliberal e privatista de Beto Richa do PDSB aos direitos dos servidores públicos do estado e do desmonte da saúde pública, das escolas e das universidades públicas a reação foi vista hoje nas ruas da capital numa marcha histórica de mais de 50 mil pessoas. Com amplo apoio da população professores, estudantes e servidores de diversos setores unificaram a luta do funcionalismo público do Paraná e manifestaram sua indignação diante a indecência que o pacote de maldades representa.

Os professores do Paraná tiveram que ocupar a ALEP há duas semanas para conseguir impedir a votação às pressas do pacote envenenado de Beto Richa, apoiado pela Bancada do Camburão. Em greve há 17 dias a categoria exige a retirada por completo do projeto de lei que pretende abocanhar R$8 bilhões da previdência – o que afetaria mais de 200 mil servidores, pagamento imediato dos salários em atraso, retomada de projetos como o PDE, retomada do Porte das escolas, entre outras.

Os deputados que votaram a favor das medidas de austeridade foram lembrados como “inimigos da educação” pelos manifestantes e apelidados como Bancada do Camburão!

Além dos professores, funcionários das escolas e estudantes, se juntaram a manifestação outras categorias de servidores que estão em greve neste momento. Servidores do Detran, da saúde e do judiciário estão juntos na luta.

Os servidores da Defensoria Pública do Paraná fazem parte da categoria do judiciário que mais sofre com o descaso do (DES)governo de Richa, que cortou recentemente vale alimentação e transporte desses trabalhadores. “Tem servidor técnico administrativo que ganho 1050 reais, sem vale alimentação e vale transporte, então ele paga pra ir trabalhar”, denuncia Michele Cardoso, da Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Paraná, ASSEDEPAR.

Em greve há uma semana, além de auxílios salariais, a categoria reivindica a contratação de cerca de 400 servidores, que só faltam ser nomeados. “Deveria ter 500 servidores e hoje tem 80. Nós estamos acumulando funções, todo mundo está sobrecarregado de trabalho, mas ninguém ganha a mais por isso”, conta Michele.

A ASSEDEPAR vem a mais de um ano tentando negociar com a Administração Superior do sem sucesso. O presidente da Associação, Renato de Almeida Freitas, denuncia que os trabalhadores em greve sofrem perseguição política, coação e assédio moral. Um servidor grevista acaba de ser exonerado do cargo e outra servidora foi removida de sua função pelo mesmo motivo. “Alguns benefícios previstos em lei foram regulamentos para os defensores mas não para os servidores. Eles tão fazendo questão de não nos valorizar porque querem que peçamos exoneração para criar cargos comissionados”.

Estudantes de todo estados participaram da luta! As universidades estaduais estão ameaçadas de fechar as contas por conta do CALOTE de Beto Richa. O caso mais grave é da Unicentro.

Texto e fotos: Adriana Possan – ASCOM Sinditest

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