Vamos aquilombar as lutas

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“Dandara vive, Dandara viverá, mulheres negras não param de lutar”, foi nesse clima que o Seminário Nacional  “Mulheres Pretas têm História” começou. O primeiro dia de atividade, realizada neste sábado (22), contou com uma estimativa de presença de cerca de 400 mulheres, vindas de 17 estados do país, número ainda parcial. O seminário teve como missão buscar resgatar a resistência e a origem das lutas das mulheres negras no país e no mundo.

A palavra Quilombo, substantivo que dá nome ao local símbolo da resistência das negras e negros no período da escravidão, na voz das mulheres presentes se tornou verbo de ação. O tom das falas indicava a necessidade de aquilombar a luta contra o racismo, o machismo e a exploração. Nesse seminário, com carácter de formação, as presentes mostraram muita disposição para isso. A história que foi rasgada e silenciada  pelo sistema capitalista, deu a tônica nos debates que aconteceram nas mesas e oficinas.

As muitas intervenções convergiram para o mesmo objetivo: derrotar os ajustes do governo Temer que já vinham sendo realizados pelo governo Dilma, mas também por governos que oprimem as trabalhadoras em todo o mundo, neste sentido, é preciso que as mulheres negras estejam formadas e inseridas nesta discussão.

Saudações

Rita Souza da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas falou da necessidade da construção de uma greve geral no país, e conclamou as demais centrais a se somarem nesta luta.“A última reunião da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas votou um chamado às categorias que saem em campanha salarial no segundo semestre para se unificarem, rumo à greve geral. Esse seminário tem ainda a tarefa  de aprovar aqui um plano de lutas para que as mulheres se incorporem a essas mobilizações, porque as reformas da previdência e trabalhista atacam as trabalhadoras, sobretudo as negras”, destacou.

As lutas do movimento negro que se intensificaram no Brasil e no mundo foi ressaltada pela integrante do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, Maristela de Farias. Para ela, essa explosão de revolta é a expressão do machismo, do racismo e do capitalismo. Neste sentido, segundo ela,  “é preciso resgatar o carácter classista e não conciliatório das heroínas negras, como Dandara entre tantas outras companheiras”.

Preta Lu, do Quilombo Urbano e Quilombo Brasil reforçou que as lutas têm que chegar com peso nas periferias. “Se não conseguirmos fazer isso, 50% do nosso trabalho terá sido fracassado, porque historicamente foi  o local em que o povo expulso da fazenda encontrou morada, depois de todo o processo da falsa abolição”, enfatizou.

Terminou sua fala com o coro entoado pelo plenário: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar porque eu sou mulher preta e não paro de lutar”.

Pâmela Fagundes, da Anel, reforçou que o movimento estudantil tem que estar junto ao movimento de mulheres negras para combater o racismo. “ As jovens negras estiveram na linha de frente na luta dos secundaristas contra a precarização do ensino, ocuparam as escolas e deram aula”, exemplificou.

Falando pelo Luta Popular, Fernanda Modesto destacou que a intersecção da mobilização nos bairros pelo direito à moradia e por uma  identidade negra é fundamental. “A luta é pelo trabalho e pela unidade. É necessário a gente se formar e resgatar nossa consciência negra”.

Vânia Maria Gonçalves, da Secretaria de Assuntos da Discriminação Racial do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, denunciou o carácter nefasto do capitalismo que faz com que “tenhamos pouco tempo para organizar a nossa resistência, mas não desistimos”.

Por fim, falou Amanda Gurgel, pelo mandato de vereadora em Natal, que destacou  o quanto as mulheres negras morrem. Mencionou os números do Mapa da Violência no Brasil. “A violência contra as brancas aumentou 10%, contra as negras aumentou 54%, se esse mapa é estarrecedor para o conjunto da população, para quem sofre na pele é ainda pior”.

Claudia Durans, falou pelo PSTU, e destacou que as mulheres pretas têm história e não  é só a recente. “São 350 anos de opressão, que a mulher negra tem levado chibata, tem lutado e tem construído quilombos”, finalizou.

Painel: As lutas de gênero, raça e classe

Duas debatedoras, Maria Teresa Bitencourt, dirigente do Moquibom (movimento quilombola do Maranhão),  entidade filiada à CSP-Conlutas, e  Roselaure Jeanty, dirigente da União  Social dos Imigrantes Haitianos, explanaram suas vivências e resistências. Uma na luta contra o latifúndio, outra na luta contra a as tropas do Haiti e sua sobrevivência cotidiana aqui no Brasil.

Maria Teresa resgatou a história do movimento Moquimbom.“Tomaram conta do território quilombola, de nossas roças, que foram destruídas com fogo, com máquina, deixando nossos filhos com fome, matou quilombolas e deixou outros sob constante ameaça”, denunciou. “Por conta desse governo, travamos uma luta diária para defender nosso território. Esse governo maldito não reconhece nossos territórios lá no Maranhão”, prosseguiu. Segundo a militante, os quilombolas não são invasores e que o seminário deve servir para ecoar isso. “Que esse encontro mostre para o mundo o sofrimento que vivemos lá no Maranhão, temos que nos juntar para lutar contra o governo”, finalizou.

A haitiana Roselaure resgatou a história de luta do Haiti, primeiro país negro a conquistar a liberdade. Ela revelou o papel nefasto das tropas brasileiras em seu país, a  Minustah, que, segundo ela, estupra e engravida mulheres haitianas para em seguida abandoná-las.

“Não há interesse em mostrar nossos saberes, o interesse é sempre de nos subalternizar”, foi com essa fala que professora Lourdes deu início a sua explanação e reforçou que a identidade negra não deve ser secundarizada. A professora abordou sobre a  função educadora das mulheres negras, considerada por ela inspiradora. “Somos solicitadas para  formar pessoas, somos profissionais do cuidar. Isso vem dos terreiros, das irmandades e sociedades tradicionais, nós somos educadoras por excelência, não podemos renegar isso”.

Lourdes frisou a importância do seminário e seu carácter de formação. “A lei 10.639 não se concretizou sob o pretexto de que não conhecemos a África, mas esse continente mal é abordado em toda sua dimensão nas salas de aula”. Por isso, para ela, é fundamental as mulheres se formarem e desconstruírem isso.

O que também foi resgatado pela professora Magali, que contou um pouco como os negros e negras e suas habilidades serviram de exploração para os colonizadores. “Quando nós fomos sequestradas do continente africano, até a captura era identificada a partir do nosso saber na África. A produção de arroz, por exemplo, não era qualquer pessoa que o mercador trazia e, sim, pessoas que tinham essa habilidade. Ele sabia que naquele ser humano que ele tentou desumanizar havia conhecimento. Existe uma tese de que muito mais homens do que mulheres foram levados com esse intuído, porque havia a necessidade de braços fortes para o trabalho. As mulheres negras foram para a Ásia e seus corpos eram explorados nos haréns dos sultões”, resgatou explicando que desta forma o machismo e racismo se relacionam e as penalizam ainda mais, como ainda acontece nos tempos atuais.

Fazendo relação com a atualidade, segundo ela,  há ainda resquícios escravagistas em diversas ocasiões, cuja discriminação se perpetua nos corpos das mulheres negras.“As revistas nos presídios, em que as mulheres são colocadas de cócoras e revistadas, desde a época escravagista, as mulheres eram colocadas nessa posição vexatória para serem avaliadas no mercado de tráfico de negras”.

Falou também da ancestralidade da mulher negra que se concretiza nos terreiros. Para ela, esses locais reafirmam a identidade negra em sua plenitude.

A luta tem que ser travada sob uma perspectiva de gênero, raça e classe, salientou Claudicea Durans. “Estamos no mês de julho, mês das pretas. Nós carregamos vários significados de discriminação do outro que nos identifica pela cor de nossa pele e pelos nossos corpos”, explicou.

Para ela, o mito da democracia racial ressurgiu com a Frente Popular. No entanto, as mulheres continuam estampando as piores estatísticas nos mapas de violência. Projetos como as  tropas militares brasileiras no Haiti foram implementados nestes governos. Tais ações continuam com o governo Temer, em projetos como o Escola Sem Partido que serve para neutralizar as lutas na educação. “Não basta votar em Dilma, mulher, ou Obama, que é negro,  precisamos aquilombar o país e colocar a classe trabalhadora como comandante de suas lutas”.

Identidade, resistência e organização da mulher negra

A mesa que discutiu o contexto histórico em que as mulheres negras estão inseridas foi composta pela maranhense, professora do Departamento de Ciências Sociais da UFBA e Diretora do Bloco Afro Ilê Ayê, Maria de Lourdes Siqueira; a professora de Ciências Sociais da UFBA e ativista sindical do movimento negro brasileiro, Magali da Silva Almeida, e a professora do Instituto Federal do Maranhão e militante do movimento nacional do Quilombo Raça e Classe e do PSTU, Claudicea Durans.

Não há interesse em mostrar nossos saberes, o interesse é sempre de nos subalternizar”, foi com essa fala que professora Lourdes deu início a sua explanação e reforçou que a identidade negra não deve ser secundarizada. A professora abordou sobre a  função educadora das mulheres negras, considerada por ela inspiradora. “Somos solicitadas para  formar pessoas, somos profissionais do cuidar. Isso vem dos terreiros, das irmandades e sociedades tradicionais, nós somos educadoras por excelência, não podemos renegar isso”.

Lourdes frisou a importância do seminário e seu carácter de formação. “A lei 10.639 não se concretizou sob o pretexto de que não conhecemos a África, mas esse continente mal é abordado em toda sua dimensão nas salas de aula”. Por isso, para ela, é fundamental as mulheres se formarem e desconstruírem isso.

O que também foi resgatado pela professora Magali, que contou um pouco como os negros e negras e suas habilidades serviram de exploração para os colonizadores. “Quando nós fomos sequestradas do continente africano, até a captura era identificada a partir do nosso saber na África. A produção de arroz, por exemplo, não era qualquer pessoa que o mercador trazia e, sim, pessoas que tinham essa habilidade. Ele sabia que naquele ser humano que ele tentou desumanizar havia conhecimento. Existe uma tese de que muito mais homens do que mulheres foram levados com esse intuído, porque havia a necessidade de braços fortes para o trabalho. As mulheres negras foram para a Ásia e seus corpos eram explorados nos haréns dos sultões”, resgatou explicando que desta forma o machismo e racismo se relacionam e as penalizam ainda mais, como ainda acontece nos tempos atuais.

Fazendo relação com a atualidade, segundo ela,  há ainda resquícios escravagistas em diversas ocasiões, cuja discriminação se perpetua nos corpos das mulheres negras.“As revistas nos presídios, em que as mulheres são colocadas de cócoras e revistadas, desde a época escravagista, as mulheres eram colocadas nessa posição vexatória para serem avaliadas no mercado de tráfico de negras”.

Falou também da ancestralidade da mulher negra que se concretiza nos terreiros. Para ela, esses locais reafirmam a identidade negra em sua plenitude.

A luta tem que ser travada sob uma perspectiva de gênero, raça e classe, salientou Claudicea Durans. “Estamos no mês de julho, mês das pretas. Nós carregamos vários significados de discriminação do outro que nos identifica pela cor de nossa pele e pelos nossos corpos”, explicou.

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CSP-Conlutas

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