UTFPR já sente o impacto do corte de verbas do MEC

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Em nota oficial publicada recentemente, a Reitoria da UTFPR afirma que o bloqueio de 14,54% no orçamento das universidades federais anunciado na última sexta-feira (27) pelo MEC representará a indisponibilidade de R$19.225.888,00 para a instituição. A quantia seria utilizada para o pagamento de despesas discricionárias, como a assistência estudantil.

“A comunidade acadêmica está perplexa com esta notícia, visto que ela representa uma tentativa nítida de desmonte do ensino superior. Nosso Sindicato está mobilizado para articular o enfrentamento desta situação”, afirma Evandro Castagna, coordenador do Sinditest-PR.

Estima-se que somente no campus de Toledo da UTFPR o bloqueio de custeio atinja a quantia de R$ 476.895,37, e o de investimento chegue a R$112.473,48. O corte de recursos aprovados na Lei Orçamentária Anual evidencia a política anticientífica do governo Bolsonaro, que tenta, a todo custo, prejudicar a juventude brasileira, tendo como alvo prioritário de seus ataques a saúde e a educação.

“Não houve diálogo, as universidades foram notificadas pelo Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi)”, ressalta o diretor sindical, que teme os impactos negativos da medida nos 13 campi da instituição.

Diante da decisão do Comitê de Governança para a Gestão Orçamentária e Financeira do Governo Federal, Reitores de universidade federais de todos o país, incluindo o da UTFPR, articulam, via Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), a reversão do bloqueio. 

Em nota, a Andifes exige do governo a recomposição do orçamento e denuncia o descaso com a educação de Bolsonaro.

“Após redução contínua e sistemática, desde 2016, dos seus valores para custeio e investimento; após todo o protagonismo e êxitos que as universidades públicas demonstraram até aqui em favor da ciência e de toda a sociedade no combate e controle direto da pandemia de covid-19; após o orçamento deste ano de 2022 já ter sido aprovado em valores muito aquém do que era necessário, inclusive abaixo dos valores orçamentários de 2020; após tudo isso, o governo federal ainda impinge um corte de mais de 14,5% sobre nossos orçamentos, inclusive os recursos para assistência estudantil, inviabilizando, na prática, a permanência dos estudantes socioeconomicamente vulneráveis, o próprio funcionamento das instituições federais de ensino e a possibilidade de fechar as contas neste ano”, declarou a Associação.

O Sinditest-PR também está organizando junto às demais entidades representativas uma resposta ao corte de verbas, com ato marcado para o dia 09 de junho, às 18h30, na Praça Santos Andrade, em Curitiba.

“Neste final de semana estaremos em Brasília realizando uma Plenária Nacional da Fasubra e construindo um calendário de lutas unificado. Precisamos ir para as ruas e mostrar o tamanho da nossa indignação. É simplesmente absurdo o que vem acontecendo no Brasil”, finaliza Evandro.

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Autor

Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

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