Servidores vão ao COUN e avançam na retomada de negociação das 30 horas

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Os servidores técnicos em greve fizeram um ato em defesa das 30 horas hoje pela manhã (06) e ao mesmo tempo organizaram uma comissão de servidores  para participar da reunião do COUN. Os trabalhadores entregaram uma carta aos conselheiros, solicitaram a suspensão do ponto eletrônico e uma agenda efetiva de negociação para retomar a implementação das 30 horas em toda a UFPR.

Comissão dos TAEs no COUN, da esquerda para a direita: Márcia Kikuska (Jandaia), Ilizete Romanzini (Agrárias), Maurício Becher (HC), Michele Souza (Saúde), Iraci Francisco (HC), Rogério Strapasson (Politénico), Carla Cobalchini (pela direção). 

Em reposta à demanda do movimento grevista, o reitor Zaki Akel avisou que ontem o COPLAD suspendeu a implantação do ponto eletrônico, e segundo ele, isso teria sido feito por conta da implementação das 30 horas. Ainda, Zaki garantiu que até o final de agosto haverá uma sessão do Conselho Universitário para possibilitar modificações na resolução 56/11, como reivindicam os TAEs.

Carla Cobalchini lembrou aos conselheiros que a maioria dos setores não está autorizada a fazer a jornada de 30 horas e que é preciso expandir de fato esse direito a todos os trabalhadores da universidade. Desde a greve de 2011 os servidores aguardam pelas 30 horas, que acabou sendo inviabilizada pela própria comissão de regulamentação da flexibilização da jornada, criada pela reitoria. O reitor assinalou aos servidores que a comissão será retomada, e tentou justificar: “nós tivemos problemas operacionais com as comissões”.

Servidores da UFPR Litoral também participaram do ato pelas 30 horas

A servidora Iraci da Silva Francisco, lotada no Hospital de Clínicas, atentou os conselheiros para os ganhos na qualidade de atendimento na universidade. “Quando você faz oito horas você fecha o setor para intervalos e na jornada flexibilizada isso não acontece porque sempre vai ter um funcionário para atender a comunidade. É uma vantagem muito grande para a universidade ampliar esses horários”.

Márcia Mikuska, da UFPR de Jandaia do Sul, pediu mais agilidade.  “Nós estamos com o processo aberto há mais de um ano e não tivemos respostas, então o nosso pedido é pra olhar com carinho para esse campus que tem sido a menina dos seus olhos reitor”, parodiou.

Ato

Mais cedo, os servidores realizaram um ato na porta da reitoria, onde acontecem as reuniões do Coun. Com tambores, pandeiros, bumbos, cornetas e apitos, eles “recepcionaram” os membros do Conselho. Alguns deles, no entanto, utilizaram entradas alternativas para acessar a sala.

Pouco depois, no pátio da reitoria, os grevistas estouraram foguetes e utilizaram um carro de som para pressionar o colegiado. O barulho podia ser ouvido claramente na sala de sessão.

Além de técnicos da UFPR dos campi de Curitiba, Litoral e Jandaia do Sul, o movimento também teve a participação de servidores da UTFPR. “É uma questão de tempo para que o que acontecer aqui, em relação às 30 horas, também seja levado para a UTFPR”, explicou Carlos Pegurski.

Veja AQUI todas as fotos do ATO. 

Representantes do campus de Jandaia do Sul.



Adriana Possan
Assessoria de Comunicação do Sinditest

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