SACOD da UFPR é mais um setor a rejeitar o Future-se

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O projeto Future-se do Governo Federal é um grande perigo. Por isso, esta terça-feira (13) é um dia inteiro dedicado à defesa da educação.

Logo pela manhã, servidores técnico-administrativos, docentes e alunos se reuniram no Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para debater o programa do Governo Federal.

Convocado pela diretora do setor, professora Regina Ribeiro, o encontro foi mais uma ação para debater alternativas ao Future-se e formas de combater a privatização das universidades federais.

“Acho que a maior preocupação da proposta e o que gera maior temor é a entrada de organizações sociais nas universidades. Os pontos são extremamente obscuros e refletem a perda da autonomia universitária e a vinda de uma gestão terceirizada por um comitê que nem sabemos sua constituição”, apontou a diretora.

Dividido em três grandes blocos, o Future-se promete trabalhar na universidade: (1) gestão, governança e empreedendorismo; (2) pesquisa e inovação; e (3) internacionalização. Entretanto, isso está bem longe de acontecer.

Ensino e extensão foram ignorados no documento, que também não diz como as universidades serão geridas ou como serão distribuídos os recursos.

“Estamos discutindo a entrada do capital privado para suprimir a autonomia da universidade. O investimento vai no sentido do retorno financeiro e o que está fora dessa lógica não se aplica. O que é de interesse da sociedade não se aplica na lógica do mercado”, afirmou o coordenador-geral do Sinditest-PR, Daniel Mittelbach.

O Governo deu até a próxima quinta-feira (15) um prazo para que as comunidades acadêmicas apresentassem propostas ao Ministério da Educação (MEC), mas não há nenhuma garantia de que posteriormente serão apresentados os dados corretos (já que o governo não tem tido o costume de trabalhar com a verdade).

Para o coordenador-geral do Sinditest-PR, as intenções do governo com o Future-se são muito claras. “As soluções apresentadas pelo Governo Federal estrangulam as instituições pelo financiamento e pela autonomia. Querem usar nossos recursos públicos, docentes e conhecimento, e transformar o resultado em fonte de capitalização”, argumentou Mittelbach.

Fonte: Sinditest-PR

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