Prioridade é a luta contra a Reforma da Previdência

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Na primeira assembleia geral do ano, os trabalhadores e trabalhadoras discutiram o calendário de lutas de 2018, e a necessidade de concentrar as forças na luta contra a Reforma da Previdência, primeiro grande ataque do ano, com votação marcada para 19 de fevereiro. A assembleia foi realizada na manhã desta quinta-feira (18), no Hospital de Clínicas.

Como o próprio presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo maia (DEM/RJ) assumiu, o governo está com dificuldades para conseguir todos os votos necessários para aprovar a Reforma. Por ser ano eleitoral, os congressistas temem ficar queimados com suas bases. Por isso, a turma de Temer mudou de estratégia, focando a campanha publicitária nos(as) servidores(as) públicos(as), reforçando uma imagem de que o funcionalismo é privilegiado.

“A Reforma foi adiada para este ano porque o governo Temer quer ganhar tempo, e ver se consegue conquistar o apoio da população. Nós já vimos essa tentativa de focar nos servidores públicos na década de 90, no governo Collor, que dizia ‘vamos acabar com os marajás’. Era uma iniciativa para privatizar tudo que fosse público. Desta vez, Temer se aproveita e refaz a campanha, dizendo ‘vamos acabar com os privilégios’”, diz a coordenadora de Administração e Finanças, Mariane Siqueira.

A principal via de resistência, na avaliação da coordenadora, é pressionar as grandes centrais sindicais para a chamada de uma greve geral no dia da votação da Reforma, 19 de fevereiro. A CSP-Conlutas, à qual o Sinditest é filiado, já lançou a campanha “Se colocar pra votar, o Brasil vai parar!”. No entanto, as maiores centrais estão apenas falando em fazer uma paralisação caso o dia da votação seja confirmado.

Acordos de greve

A coordenadora de Comunicação e Imprensa do Sinditest, Carla Cobalchini, ressaltou que nenhum acordo da greve de 2017 foi celebrado ainda, tanto na UFPR, quanto na UNILA e UTFPR. “Se alguma chefia estiver encaminhando reposição de horas, está encaminhando errado”, alertou. As negociações ainda não tiveram início. “Quando for formulado um termo, ele será discutido em assembleia geral, e só terá validade se for aprovado pela base.”

Democracia

Outro ponto de pauta da assembleia foi o ato em defesa da democracia que marca o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (RS), no próximo dia 24. O Sinditest recebeu diversos pedidos de filiados para que o sindicato bancasse caravanas para participar desse ato.

O delegado de base da UNILA, Warner Lucas, solicitou a assembleia a aprovação do envio de caravanas pelo sinditest. O Coordenador Geral do Sinditest, Carlos Pegurski ponderou que o judiciário continua sendo um braço do governo no corte de direitos dos trabalhadores, como o direito de greve. “As conquistas da classe trabalhadora devem vir de baixo, e não com canetaços de cima”.

Após algumas falas contra e a favor da proposta, a assembleia deliberou a aprovação de uma ajuda de custo de R$ 100,00 para cada filiado que participar do ato em Porto Alegre. Não houve deliberação de apoio ao ato.

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