Plataformização do ensino gera prejuízos para a carreira e saúde dos professores no Paraná

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São inúmeras as denúncias e reclamações sobre o modelo de ensino que vem sendo adotado pelo governador Ratinho Júnior (PSD) nas escolas públicas do Paraná. Desde 2022, o uso de aplicativos e programas em sala de aula está se tornando cada vez mais frequente. Embora algumas ferramentas sejam para suporte técnico ou gestão de aula, o governo estadual obriga o uso de um significativo número de plataformas digitais para a prática pedagógica, o que afeta diretamente a dinâmica de aprendizado e a relação entre professores e estudantes. 

Para os profissionais da educação, a plataformização não garante melhorias na qualidade do ensino ofertado, e ainda gera prejuízos para a carreira e saúde dos professores. Entre os problemas provocados, estão a sobrecarga física e mental causada pelo alto uso de aparelhos digitais e a desumanização do papel do professor, que passa a atuar como um mero mediador destas tecnologias.

O Sinditest-PR é uma entidade que luta pela valorização de todos os trabalhadores em educação, incluindo a categoria das professoras e professores da rede estadual de ensino, bem como defende a adoção de um ensino que promova o pensamento crítico, a autonomia e a democratização da educação.

Também é necessário destacar que nem todos possuem acesso a recursos tecnológicos, ou dominam as ferramentas, intensificando ainda mais a desigualdade e exclusão digital. Além disso, o ambiente escolar é um espaço para trocas e criação de vínculos afetivos. Com a plataformização, os membros da comunidade são submetidos a relações rasas, uma vez que a forma de interação é substituída por contatos virtuais. 

As melhorias na educação vêm de investimento público para compra de materiais didáticos atualizados, promoção de atividades pedagógicas e culturais, construção de espaços com infraestruturas de qualidade, bem como salários justos e formação profissional dos professores. 

Para a direção sindical, o uso de tecnologias não deve ser imposto como uma regra para as tarefas em sala de aula, e sim ser usado para apoio pedagógico. São os laços criados e a valorização da comunidade escolar, como um todo, que promovem avanços no ensino. 

 

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Autor

Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

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