Dia da Pessoa Idosa: qualidade de vida não tem acompanhado o envelhecimento da população

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Hoje, 1º de outubro, é celebrado mundialmente o Dia da Pessoa Idosa. A data é uma iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a sociedade em relação às questões do envelhecimento, sobretudo acerca dos cuidados e da proteção da população idosa. Para a OMS, a terceira idade começa a partir dos 60 anos. E paralelamente à regulamentação da entidade, o Estatuto do Idoso — aparato legislativo responsável por essa definição e assegurar os direitos em âmbito federal — também estabelece o mesmo conceito na lei. 

No Brasil, cerca de 32,9 milhão de pessoas têm 60 anos de idade ou mais, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) de 2019, feita pelo IBGE. Este número equivale a 15% da população brasileira e representa um crescimento de aproximadamente 64,5% em relação a população idosa de quase uma década atrás. 

Já é uma tendência global o envelhecimento da população, no entanto a melhoria na qualidade de vida da terceira idade não tem acompanhado esse ritmo, principalmente para aposentados, aposentadas e pensionistas de renda mais baixa no país. Com a inflação desenfreada; a falta do reajuste salarial dos TAEs aposentados desde 2016; e um governo que não tem preocupação com as causas sociais; garantir as necessidades básicas de alimentação e moradia tem se tornado uma grande luta. 

Para a coordenadora do Sinditest Maria Aparecida Oliveira, a terceira idade marca um momento de liberdade para viver novas experiências, realizar viagens e fazer novas amizades, mas em vista do cenário socioeconômico do país, estes planos tornam-se um pouco difíceis de se concretizar. “Acho bom ressaltar que a terceira idade não é o fim , mas uma nova etapa da vida  em que devemos dedicar todo o tempo pra nós mesmo sermos ainda mais felizes. E apesar das dificuldades, ver o lado positivo da vida”.

Além destas questões, Cida destaca também a necessidade de ajudar TAEs aposentados com a inclusão digital, para viabilizar o relacionamento e a conexão com outras pessoas. A pandemia impactou de forma significativa na saúde mental dos idosos em função dos protocolos de segurança, precisam cumprir com maior rigor o distanciamento das famílias, amigos e da rotina. Por conta da dificuldade de acessar aparelhos eletrônicos e redes sociais, estão sujeitos a um distanciamento ainda mais intenso.

“Este é um assunto que tem sido discutido no nosso GT e estamos estudando uma maneira de viabilizar, em breve, uma capacitação para o grupo”, explica.

Diante de um governo que desvaloriza a experiência, que joga para escanteio aqueles que não são mais jovens, reafirmamos o importante papel das aposentadas e dos aposentados em nossa sociedade, principalmente na nossa categoria. Conscientes, atuantes e organizados, os técnicos e técnicas aposentados que integram a base do Sinditest estiveram e permanecem na linha de frente de diversas lutas.

“Saúde, dignidade e qualidade de vida a todas as nossas filiadas e filiados aposentados! Esperamos que em breve  possamos nos encontrar e retomar as atividades do GT com força total”, finaliza  Maria Aparecida Oliveira.

 

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Autor

Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

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