Ato, assembleias e deliberação de Greve Geral: 30 de maio foi dia de luta para os TAEs

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O dia 30 de maio foi uma data luta nacional em defesa da educação pública. Para os TAEs, não foi diferente. A data foi marcada por assembleias e atos em várias regiões do estado, acompanhando a mobilização que levou trabalhadores às ruas em 208 cidades do país.

“O corte de verbas vai prejudicar não apenas as nossas universidades como muitas outras, e a educação é fundamental para o desenvolvimento de qualquer cidadão. Por isso milhares de pessoas vieram ao ato e a chuva não assustou”, explicou a diretora do Sinditest-PR, Christiane Pereira.

Na capital, 30 mil vão às ruas em luta pela universidade pública

Em Curitiba, 30 mil pessoas encararam um fim de tarde com frio e chuva forte para se concentrar em frente ao Prédio Histórico da UFPR. Lá, foi realizado o ato de colocação de uma nova faixa com os dizeres Em defesa da educação pública, na fachada do prédio.

A peça anterior foi arrancada no último domingo (26), durante uma manifestação  convocada pelo Governo Federal. Dessa vez, a nova faixa foi içada em uma altura ainda maior, inviabilizando qualquer tentativa de calar a voz da comunidade acadêmica que está mobilizada em defesa da universidade.

O ato atravessou a rua Marechal Deodoro, tomando diversos quarteirões, e seguiu em direção à Boca Maldita, ponto historicamente conhecido como um espaço de debates e mobilizações políticas na cidade.

Os manifestantes se opunham não apenas aos cortes orçamentários nas instituições federais de ensino, mas também à Reforma da Previdência. As duas pautas estão diretamente ligadas, já que o Governo Federal condiciona o financiamento da educação pública à aprovação do desmonte da seguridade social no país.

Interior também foi às ruas

Demonstrando comprometimento com a educação, os TAEs dos campi da UFPR, da UTFPR e da Unila nos municípios do interior do estado também participaram de atos unificados em defesa das universidades.

Em Foz do Iguaçu, onde se localiza a Unila, a comunidade acadêmica começou a se concentrar no Terminal de Transporte Urbano (TTU) a partir das 17h.

Os manifestantes seguiram em passeata pela Avenida Juscelino Kubitscheck, denunciando o desmonte da educação e conscientizando a população. O ato seguiu até a Praça da Paz.

Também foram registrados atos em algumas das maiores cidades do estado, como Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel.

Ato, assembleias e deliberação de Greve Geral: 30 de maio foi dia de luta para os TAEs

Confira como foi o ato em defesa da educação pública em Curitiba/PR. A data foi marcada por assembleias e atos em várias regiões do estado, acompanhando a mobilização que levou trabalhadores às ruas em 208 cidades do país.

Posted by Sinditest-PR on Friday, May 31, 2019

Assembleia em Curitiba deliberou adesão à Greve Geral de 14 de junho

Os servidores técnico-administrativos se reuniram em uma assembleia geral extraordinária pouco antes do ato. A atividade foi convocada pelo sindicato e aconteceu no pátio do campus Reitoria da UFPR.

Não teve tempo ruim para a discussão sobre os direitos dos trabalhadores brasileiros. Mesmo com a chuva – que provocou uma queda de energia no Edifício Dom Pedro II – os TAEs compareceram para discutir algumas das principais pautas da categoria no momento, como a defesa da Previdência Social e da universidade pública.

O principal debate da tarde foi a Greve Geral de 14 de junho, convocada pelas centrais sindicais. A pauta principal da paralisação será o enfrentamento à Reforma da Previdência, uma das maiores investidas contra os trabalhadores desde a redemocratização do país.

O movimento também irá lembrar outros ataques recentes ao povo brasileiro, como a Reforma Trabalhista, Lei das Terceirizações e desmonte dos serviços públicos.

A categoria aprovou a adesão à Greve Geral por unanimidade, e já começou a discutir formas a mobilização para essa data de luta. Assembleias locais serão realizadas em vários campi do estado.

Assembleia em Curitiba deliberou adesão à Greve Geral de 14 de junho

Os servidores técnico-administrativos se reuniram em uma assembleia geral extraordinária pouco antes do ato. A atividade foi convocada pelo sindicato e aconteceu no pátio do campus Reitoria da UFPR.

Posted by Sinditest-PR on Tuesday, June 4, 2019

Reforma da Previdência em debate

A assembleia já foi um espaço de conscientização, diálogo e preparação para a Greve Geral do dia 14. Os TAEs presentes tiveram a oportunidade de esclarecer suas dúvidas sobre a Reforma da Previdência com o advogado Ludimar Rafanhim, especialista em Direito Previdenciário.

Durante a apresentação, ele expôs os pontos mais devastadores da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, tanto para os servidores público como para trabalhadores da iniciativa privada.

Rafanhim discutiu alguns aspectos do projeto que não estão sendo veiculados pela maior parte da grande mídia, como a contribuição previdenciária progressiva, que irá corroer uma fatia dos salários de técnicos concursados no futuro. Para servidores federais, os descontos poderão chegar à casa dos 22% mensais, de acordo com o texto da PEC.

O advogado também explicou sobre detalhes que afetarão diretamente os TAEs da ativa, com as regras de transição.

 

Na Unila, categoria também participou de assembleia

Para os TAEs de Foz do Iguaçu, o dia 30 também foi data de assembleia local. Alinhados com os técnicos de Curitiba, a parcela da categoria que atua na região aprovou a adesão à Greve Geral do dia 14 de junho.

Os servidores também elegeram uma Comissão de Mobilização na Unila, que irá contribuir com a organização da paralisação contra a Reforma da Previdência.

Além disso, a categoria aprovou uma moção de apoio ao Comitê Executivo pela Equidade de Gênero e Diversidade (CEEGED) da instituição, que poderá ser extinto por questões orçamentárias. Seu desmonte irá afetar o enfrentamento à discriminação e violência na Unila, além de prejudicar a política de equidade e inclusão que sempre foi um diferencial da Universidade.

 

Fonte: Sinditest-PR

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