RJU: governo congela salários e dá ordem para desmonte das carreiras

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Sob a justificativa de crise econômica, o Ministério da Economia, em ofício enviado no dia 18 de julho aos dirigentes de gestão de pessoas dos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (SIPEC), deu o seguinte recado: se depender do governo, os salários dos servidores RJU continuarão congelados. É o caso dos trabalhadores e trabalhadoras da UFPR, UTFPR e UNILA, que compõem a base do Sinditest-PR.

O documento, assinado pelo Secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart, vai além e propõe a reorganização e reestruturação dos planos de cargos e carreiras – um “floreio” para, na verdade, por em prática o desmonte do serviço público.

De acordo com o ofício, o novo modelo será baseado, sobretudo, na redução ou unificação das carreiras ou cargos existentes e na manutenção das estruturas remuneratórias atuais, inclusive das aposentadorias e pensões. Estão “na reta”, principalmente, cargos com baixa possibilidade de movimentação e/ou com atribuições muito específicas. Trocando em miúdos, a medida extingue carreiras e deixa à míngua ainda mais o salário já defasado das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público.

Demonstrando total desconhecimento da dinâmica das instituições públicas, que carecem de investimentos em estrutura e pessoal, o governo prossegue a passos largos com a campanha de difamação do funcionalismo. “Ressalto, que são aproximadamente três mil cargos distintos entre centenas de planos e carreiras existentes, cujas amplitudes salariais e regras de desenvolvimento não condizem com as características das atividades atuais ou da realidade da Administração Pública”, afirma um trecho do ofício.

Importante ressaltar que nenhum ponto da orientação foi discutido com as entidades representativas da categoria. O Governo Bolsonaro se nega a receber os sindicatos e federações – desde a gestão Temer não são formalizadas mesas de negociação com a FASUBRA nem com o FONASEFE. O Sinditest-PR se coloca em vigilância e, somando forças junto à outras entidades, reivindica que seja aberta mesa de negociação para discussões sobre o futuro de nossa carreira e do serviço público

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