SINDITEST-PR indica greve nacional contra retrocesso, reforma administrativa e pelo cumprimento dos acordos de greve

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Os servidores Técnico-Administrativos em Educação (TAE), representados pelo SINDITEST-PR, aprovaram em assembleia realizada nesta terça-feira (30/9) no ANFI-100 da UFPR, greve nacional com previsão antes do dia 29 de outubro. A decisão será enviada à Fasubra para articulação junto às demais entidades sindicais do país. A mobilização visa pressionar o Governo Federal em torno de pautas urgentes e essenciais para a categoria e o serviço público. A Assembleia foi conduzida por Ivandenir Pereira, coordenador de Assuntos Jurídicos e Relações de Trabalho e Márcia Messias, coordenadora de Saúde do Trabalhador.

A principal exigência é o cumprimento imediato e integral do Acordo de Greve de 2024 assinado com o Governo Federal. O SINDITEST-PR denuncia que a gestão tem se esquivado da implementação de pontos cruciais, como a garantia da jornada de trabalho de 30 horas semanais, a urgente implementação do Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) e o Reposicionamento dos Aposentados. O não cumprimento desses itens é visto como uma afronta à negociação já estabelecida.

Além disso, a categoria manifestou críticas duras à recente postura do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). O Ministério sinalizou um novo entendimento na aplicação das alterações na progressão da carreira, o que ameaça derrubar vitórias já conquistadas na aceleração da progressão por capacitação e por mérito. Para o Sindicato, a imposição da visão do MGI configura um retrocesso inaceitável na carreira dos servidores.

A greve é também uma forma de resistência direta à nova proposta de Reforma Administrativa que avança no Congresso Nacional. O SINDITEST-PR exige que o Governo Federal assuma uma postura ativa de defesa dos serviços públicos, combatendo a precarização dos postos de trabalho nas universidades e institutos federais. O Sindicato alerta que a reforma está avançando de forma fatiada e sem o necessário diálogo, com ameaças de contratações temporárias irrestritas e terceirização do serviço público. A categoria entende que esse ataque direto à estabilidade do servidor compromete a qualidade do ensino, pesquisa e extensão oferecidos à sociedade, sendo um ataque à própria democracia.

Até a data estabelecida para a paralisação, o SINDITEST-PR intensificará as reuniões nas bases da UFPR, UTFPR, UNILA e CHC para conscientizar sobre a gravidade do momento e a necessidade de fortalecer a greve local e nacional. A exigência final é que o governo estabeleça um diálogo aberto, assumindo um compromisso real com a valorização dos servidores e a melhoria dos serviços públicos.

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