Sinditest e APUF promovem debate sobre projeto “Escola sem Partido”

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O Sinditest convida a sua base para o debate sobre a Lei da Mordaça, mais conhecida como “ Projeto Escola sem Partido”.

O evento, organizado pelo Comitê contra a Violência e a Intolerância, acontece na próxima terça-feira, dia 4 de dezembro, às 18 horas, no Pátio da Reitoria.

O sindicato apoia a iniciativa, que traz para a mesa o reitor da Universidade professor Ricardo Marcelo da Fonseca; o professor Hermes Silva Leão, presidente da APP-Sindicato e o professor Valério Arcary, da IFSP.

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Entenda o “Escola sem Partido”

Os defensores da iniciativa, que altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), argumentam que é necessário por fim a suposta doutrinação política e ideológica em sala de aula.

Para Rodrigo Tomazini, coordenador estadual e nacional da CSP-Conlutas, central sindical que representa os trabalhadores e trabalhadoras da base do Sinditest, projetos como o Escola Sem Partido criminalizam professores(as) por levarem debates importantes para salas de aula, como violência contra a mulher e contra a população LGBT.

“Iniciativas como essa têm somente o objetivo de impedir que uma geração de trabalhadores com pensamento crítico seja formada, pois o desejável para o capital é mão-de-obra braçal (e não intelectual), que não contesta. O próprio movimento das ocupações secundaristas mostrou que os(as) estudantes têm iniciativa própria e capacidade de auto-gestão”.

Ele alerta: “isso é muito sério, já estão aplicando na prática, com ameaças e sindicâncias”.

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A ameaça é nacional: o projeto avança também na Câmara Federal. Muitas entidades já se posicionaram contra este retrocesso, que representa o fim do pensamento crítico, das discussões de gênero, do ensino da filosofia e sociologia nas escolas. Endossam o grupo do “não”: a Comissão de Educação, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria Municipal de Educação, Conselho Estadual de Educação, Laboratório de Investigação de Corpo, Gênero e Subjetividades na Educação da Universidade Federal do Paraná (UFPR), entre outras instituições.

O Sinditest soma-se à luta. Em 2017, a base foi às ruas contra a “mordaça” nas escolas. O Projeto Escola sem Partido esteve ainda nas pautas de luta da categoria, que fez greve e paralisou suas atividades contra este e tantos outros ataques que desde então ameaçam a classe trabalhadora.

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