Sinditest aprova atividades de Greve em assembleia geral

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Em um cenário com mais de 800 colégios e 100% das universidades estudais do Paraná ocupados pelo movimento estudantil, a base do Sinditest se reuniu em assembleia geral para organizar a Greve contra a PEC 241, na manhã de sexta-feira (21), no Anfi 100 da Reitoria da UFPR.

Técnicos(as) administrativos(as) da UFPR, UTFPR, UNILA e trabalhadores(as) da FUNPAR aprovaram, para a segunda-feira (24), concentração e café da manhã no pátio da Reitoria da UFPR, à 8h, e debate sobre Reforma da Previdência às 9h. No período da tarde estão previstas panfletagens nos setores. Para a terça-feira (25),  ato na Praça Santos Andrade, às 9h30 e atividade no período da tarde no Botânico.

Tempo Indeterminado

Devem ser realizadas, ainda, atividades específicas nos locais de trabalho, durante a tarde dos dias 24 e 25. O Sinditest reforçou que a greve será por tempo indeterminado, conforme aprovado na assembleia do dia 13.

No dia 26, quarta-feira, será realizada uma assembleia de avaliação da paralisação, porém, os(as) trabalhadores(as) permanecerão em greve enquanto a PEC 241 estiver em tramitação.
De acordo com Informe Nacional da FASUBRA lançado na quinta-feira (20), 25 instituições aprovaram paralisação para o dia 24, e duas já estão em greve. Não deliberaram ainda 15 instituições, que podem vir a se juntar ao movimento paredista de enfrentamento ao ajuste fiscal.

A coordenação do Sindicato ressaltou que UFPR, HC, FUNPAR, UNILA e UTFPR já foram notificados sobre a greve por tempo indeterminado, portanto, há segurança jurídica para paralisar. Os(as) trabalhadores(as) não devem bater o ponto durante a greve.

Estudantada mobilizada

Secundaristas de três colégios de Curitiba e região metropolitana estiveram presentes na assembleia de organização da greve, dando informes e depoimentos sobre as ocupações contra o retrocesso na Educação.

Sabrina, Bruno e Fernanda, alunos(as) do 3º ano do Colégio Estadual Professora Iara Bergmann, no Sítio Cercado, falaram sobre a falta de apoio da comunidade e da diretoria.

“Já levei muito dedo na cara da diretora, que inclusive ligou para a minha mãe. Eles não quiseram disponibilizar nem os pratos e copos para a gente usar. Tem muitos pais de alunos nos criticando, dizendo que estamos usando drogas, que estamos invadindo a escola. Mas isso não é verdade. Estamos lutando por educação de qualidade”, disse Sabrina, que lembrou que a estrutura do colégio é extremamente precária.

Samuel, aluno do 3º ano do Colégio Estadual Walde Rosi Galvão, de Pinhais, contou que os(as) estudantes já carpiram o mato da escola e fizeram uma horta. “O diretor está nos apoiando e garantiu que vai dar latas de tinta para pintarmos o colégio.”

A secundarista Julie, do Colégio Estadual do Paraná, no centro de Curitiba, relatou que os(as) alunos(as) limparam pichações dos muros, apesar de terem sido acusados(as) de vandalismo. “Estamos abertos ao diálogo, organizando oficinas e atividades e recebendo a mídia alternativa”, informou ela.

O exemplo de luta dos(as) adolescentes comoveu a muitos(as) na assembleia. Professores(as) do bloco de oposição da APP-Sindicato também foram ao Anfi 100 dar informes sobre a greve da educação estadual, que está em seu quinto dia.

Acompanhe a agenda da Greve Contra a PEC 241 aqui no site do Sinditest e em nossa página no Facebook!

Fora Temer! Nenhum Direito a Menos!

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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