Servidores aprovam contribuição de 0,5% para o fundo de greve

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Os técnicos administrativos das instituições federais de ensino do Paraná aprovaram em assembleia, na manhã desta terça-feira, 16, uma contribuição mensal de 0,5% sobre o salário-base dos servidores para o fundo de greve. O índice deve gerar um valor de cerca de R$ 130 mil mensais. O desconto, que começa a partir do próximo mês, vai até quando durar a paralisação.

A aprovação ocorreu quase por unanimidade. Foram registrados apenas um voto contrário e seis abstenções em um universo de 250 participantes. O único servidor contrário à proposta foi Gessimiel Germano, o Paraná, para quem o aumento da contribuição sindical aprovado recentemente pela base do Sinditest, e que elevou para 1% do salário-base o subsídio de todos os sindicalizados, mais o fundo remanescente da greve de 2014 deveriam ser o suficiente para financiar a paralisação em um primeiro momento. “Não acho que seja a hora de votar o fundo de greve”, defendeu.

Rufina Roldan, diretora do Sinditest, rebateu os números apresentados por Paraná. De acordo com a prestação de contas distribuída hoje aos servidores, R$ 112 mil foi o valor remanescente do fundo da greve passada. Boa parte disso, segundo ela, já foi gasto nos primeiros dias da paralisação, que começou em 29 de maio. “O que sobrou, R$ 40 mil, vai dar para a gente mandar a próxima delegação para o comando de greve em Brasília”, calculou. Os números apresentados por ela também mostram que o recente aumento da contribuição dos servidores não dobrou a arrecadação do sindicato, que antes era de R$ 130 mil por mês, conforme havia dito Paraná. “Antes, a contribuição não era de 0,5% para todo mundo. Alguns contribuíam um pouco menos, outros um pouco mais. Nós padronizamos para 1%, o que nos dá um acréscimo de mais ou menos R$ 80 mil”, avaliou.

O servidor Bernardo Pilotto defendeu o fundo de greve. Para ele, a distribuição da categoria por todo o estado gera paralisações caras, principalmente por conta das despesas de deslocamento. Fora isso, nos últimos anos os servidores têm realizado greves “longas e frequentes” (foram nove nos últimos 15 anos, nenhuma com duração menor do que 60 dias), o que torna difícil a tomada de fôlego por parte do caixa. “Também temos que fazer a discussão na nossa categoria de que greve não é férias, greve não é festa. Tudo isso tem seu preço, seu custo.”

Além da contribuição para o fundo de greve, a assembleia desta terça-feira aprovou os nomes da próxima delegação do Paraná que irá para o comando de greve em Brasília.

Sandoval Matheus
Assessoria de Comunicação do Sinditest

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