Nota de solidariedade à luta dos/das estudantes secundaristas da UTFPR

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As maiores lições que tivemos no ano de 2016 foram dadas pelos estudantes, particularmente os/as estudantes secundaristas brasileiros/as, que deram início ao maior movimento de ocupações de escolas de toda a história do mundo – maior que a histórica Revolução dos Pinguins, protagonizada em 2006 por estudantes chilenos/as. Nós temos muito a aprender com o senso de organização, a disposição de luta e a clareza das reivindicações por direitos, por métodos democráticos e por um projeto de educação e de Estado público, gratuito, de qualidade e socialmente referenciado.
A administração da UTFPR, no entanto, caminha no sentido contrário. Os cursos técnicos integrados ao Ensino Médio, que tornaram a Escola Técnica e o CEFET referência nacional por décadas, têm seu fim determinado pela própria gestão da UTFPR, que deveria lutar para manter esses cursos. As alegações de que não há recursos e professores para manter tais cursos só seriam fundadas se a administração da Universidade batalhasse junto ao MEC para sua manutenção. Mas, em vez disso, é a própria Universidade quem se esforça para cassar o direito de centenas de estudantes cursarem seu Ensino Médio em um dos melhores cursos do Brasil – mesmo aqueles/as aprovados/as no último processo seletivo.
A UTFPR é maior que os burocratas encastelados em gabinetes. Os/as técnicos-administrativos/as manifestam solidariedade à luta dos/das estudantes secundaristas por um projeto de educação que responda aos anseios da comunidade interna e externa. Há muita luta pela frente e estaremos juntos na garantia de mais democracia, mais direitos e por uma Universidade que cumpra seu papel social.
Curitiba, 21 de fevereiro de 2017.
Direção do SINDITEST.
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