Na UTFPR, eleição para a reitoria vai ter debates em todos os campi do interior

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Campus da UTFPR em Pato Branco.

Campus da UTFPR em Pato Branco.

A próxima eleição para a reitoria da UTFPR, que deve acontecer ainda no primeiro semestre de 2016, terá debates em todos os campi da UTFPR, inclusive os do interior. A proposta, formulada por técnicos administrativos e estudantes, por meio de suas entidades representativas, foi aprovada em dezembro, durante uma reunião do Conselho Universitário (Couni).

“Isso é fundamental. Na eleição de 2012, os candidatos nem passaram por esses campi. Não foi um processo democrático”, avalia Weslei Trevizan Amâncio, da UTFPR Londrina e representante dos técnicos no Couni.

Os técnicos também conseguiram garantir que, este ano, a campanha tenha no mínimo 30 dias de duração. Em 2012, foram apenas sete. “Em certo sentido, isso moraliza um pouco o processo. Como é que você vai debater a universidade em sete dias, tão pouco tempo? A reitoria fazia isso para atropelar mesmo, passar por cima”, dispara Carlos Pegurski, da UTFPR Curitiba. Pegurski faz parte da diretoria do Sinditest-PR que será empossada na próxima sexta-feira, 08.

Ele também avalia como fundamental os debates nos campi do interior. “Os técnicos de todos os locais vão ter a oportunidade de perguntar aos candidatos se eles vão, por exemplo, implantar as 30 horas integrais. E o cara vai ter que responder”.

Esses dois itens (os debates e a duração mínima da campanha), aprovados pelo Conselho Universitário, faziam parte de uma lista maior elaborada por técnicos, estudantes e também por representantes do Sindutf-PR, o sindicato dos docentes da UTFPR. Nela, havia também a reivindicação de que houvesse segundo turno nas eleições e de que os técnicos pudessem compor a comissão eleitoral, que vai organizar o processo. O primeiro item foi rejeitado, mas o segundo foi aceito.

Um outro ponto pedia ainda um pleito igualitário, com os votos das três categorias (estudantes, técnicos e professores) tendo o mesmo peso. Até 2012, na UTFPR, os votos dos docentes tinham peso de 70%. Naquele ano, a regra foi alterada e igualou os votos de professores e técnicos, que hoje têm força de 80% na eleição. A ideia em 2016 era avançar e igualar as categorias. “Infelizmente, não foi possível. Uma ala do Conselho queria retroceder para o modo anterior a 2012. Colocaram um bode na sala e ficou impossível não endossar o modelo atual”, explica Weslei Trevizan.

Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR.

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