Mesmo sob ataque, SUS e universidades públicas dão as melhores respostas à crise da pandemia

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Nesta crise da pandemia do Coronavírus (que causa a Covid-19), é o SUS que vem dando a melhor resposta possível no atendimento aos doentes e na busca pelo aprimoramento dos protocolos. Junto a eles, as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), têm colaborado de maneira fantástica, produzindo insumos que estão em falta, ajudando na pesquisa de uma possível cura e criando equipamentos.

Há algo em comum entre essas duas instituições: foram atacadas frontalmente pelos governos Temer e Bolsonaro, com medidas como a EC 95, que cortou investimentos nas áreas de Saúde e Educação ao congelar orçamento aos patamares de 2016, cortes gerais de recursos (incluídos cortes de bolsas de pesquisa de pós-graduação) e muitas mentiras com o intuito de jogar a opinião pública contra elas.

Na Saúde, se fosse respeitada a regra anterior de orçamento, só em 2019 seriam quase R$ 20 bilhões a mais de investimento. O SUS estaria bem mais preparado para enfrentar esta crise atual, pois teria mais leitos, mais profissionais e estrutura de trabalho menos prejudicada pela escassez de recursos.

Mesmo assim, podemos contabilizar até o momento milhares de vidas salvas por causa da atuação dos servidores que estão na linha de frente.

Foram pesquisadoras de uma universidade pública que sequenciaram rapidamente o genoma dos Coronavírus, que é um modo de monitorar mutações e ajudar a desenvolver tratamentos. São docentes, estudantes e técnicos que estão fabricando álcool 70% glicerinado para ajudar hospitais e unidades de Saúde por todo o Brasil, que sofrem com a escassez do produto.

A Educação também foi afetada pela criminosa EC 95. Bolsas de pesquisa estão congeladas há muitos anos em seus valores e sofrendo sucessivos cortes. O Brasil produziu cientistas fantásticos em áreas-chave, mas os abandonou com medidas de retirada de bolsas (a mais recente foi por parte da Capes, numa portaria unilateral e sorrateiramente publicada no meio da crise).

Recentemente, a Covid-19 vitimou um professor da UFRN. Ao morrer, descobriu-se que ele financiava estudantes-pesquisadores do próprio bolso, pois faltava bolsas e ele entendia ser fundamental o trabalho de seus alunos. Isso escancara a miséria do Brasil como um país que negligencia o seu futuro.

O Brasil precisa fortalecer o SUS e suas universidades e institutos federais. Acabar com as calúnias que chamam de ineficiente ou de que são lugares de balbúrdia.

“Se mesmo diante de tantas dificuldades o SUS e as universidades públicas ainda são capazes de ter forças para ajudar na solução da crise que está começando, imagine como seriam ainda mais capazes se houvesse financiamento adequado”, afirma a diretoria do Sinditest-PR Marisa Ribas.

Fonte: Sinditest-PR

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