Greve nas Universidades Federais enfrenta ajuste fiscal da “pátria educadora”

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A greve da educação federal começou com muita força, assembleias lotadas e com espaço na grande mídia. A paralisação da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) já conta com mais de 80% dos sindicatos filiados.

Os servidores reivindicam reposição de perdas salariais e aprimoramento da carreira; condições de trabalho e qualidade no serviço público; democratização das Instituições Federais de Ensino entre outros.

Os servidores estão em greve nos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Sergipe. No Ceará, os servidores aprovaram greve para esta sexta.

O Sindicato Nacional Dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN) também está com a greve na rua apesar de todo esforço de setores governistas para impedi-la.

Os docentes reivindicam universidade pública e de qualidade, autonomia, financiamento, mais vagas , democratização das instituições e das relações de trabalho, condições de trabalho, capacitação e seguridade, carreira única, política salarial entre outros.

Professores entraram em greve nos estados de Alagoas, Amapá, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins. Nos estados de Acre, Ceará e Mato Grosso do Sul os professores decidiram em assembleias por greve a partir desta sexta (29). Em Santa Catarina, os professores aprovaram indicativo de greve, mas paralisam atividades apenas nesta sexta e decidem os rumos da categoria em assembleia marcada para terça (2).

Em várias universidades os estudantes estão em luta ocupando reitorias, destaque para o movimento estudantil da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que realizou uma assembleia com a participação de milhares de estudantes decretando greve estudantil.

Os trabalhadores e estudantes das universidades federais estão se levantando contra o ajuste fiscal do governo Dilma e os cortes bilionários no orçamento da educação que tem gerado uma crise no funcionamento das universidades.

De acordo com o coordenador-geral da Fasubra, Gibran Jordão, “o governo federal não demonstra disposição para negociar de verdade com os trabalhadores”. Segundo ele, o mesmo ocorre com o Ministério da Educação (MEC) que “diz estar aberto ao diálogo, mas quando recebe as entidades tudo fica no bate papo e cafezinho, proposta concreta que tenha impacto financeiro e atenda as necessidades dos trabalhadores da educação federal não há!”, critica.

Só nesse ano, foram cortados mais de R$ 15 bilhões do orçamento da educação, demonstrando que o discurso tem uma imensa distancia em relação a pratica do governo Dilma. “A greve é culpa do governo da Pátria Educadora, que ao invés de alocar recursos do orçamento para priorizar a saúde e educação, tem aplicado um ajuste fiscal com o objetivo de atender os desejos e a cobiça dos banqueiros, empreiteiros e mega empresários, gente que já ganha muito dinheiro em nosso país”, aponta Gibran.

O dirigente destaca que é preciso toda solidariedade aos trabalhadores e estudantes da educação pública nesse momento que se inicia a greve por todo país. Além disso, é fundamental a construção da unidade entre Técnicos, docentes e estudantes para a vitória da greve.

Fonte: CSP-Conlutas 

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