Greve de 2016, liberação sindical e ACT FUNPAR são discutidos com UFPR

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Em reunião realizada ontem (4) com o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo, além da questão das 30 horas, foram discutidos o ponto da greve de 2016, as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) FUNPAR 2017/2018 e liberação sindical de técnicos e técnicas.

O encontro começou com uma boa notícia. O posicionamento do reitor foi de aceitar a proposta do Sindicato de reposição por trabalho, ao invés da reposição de horas. O acordo será firmado em termos definidos entre a Reitoria e a comissão de negociação.

ACT FUNPAR

É recorrente que o advogado da FUNPAR, Luiz Abagge, insulte os(as) trabalhadores(as) da categoria, insinuando que eles(as) deveriam ter estudado mais e prestado outro concurso, informou ao reitor a assessora jurídica do Sinditest Gabriela Caramuru, presente à reunião.
Outra estratégia do advogado da patronal é desmerecer a luta dos(as) funparianos(as) por um ACT digno, afirmando que em 2019 eles(as) serão demitidos(as). Além disso, Abagge costuma falar pela Universidade, já que nenhum representante da UFPR costuma participar das reuniões.

O reitor afirmou que irá conversar com o advogado e orientá-lo a negociar de forma civilizada e republicana. Um representante da Reitoria passará a acompanhar as mesas de negociação, para evitar que a FUNPAR se pronuncie em nome da Universidade e inibir ameaças aos(as) trabalhadores(as).

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Ricardo Marcelo reafirmou seu compromisso de campanha de reverter a decisão que prevê a demissão coletiva. “Vamos conversar com o Ministério Público do Trabalho para prorrogar o acordo feito entre as partes. Sou otimista no sentido de afastar o fantasma da demissão em 2019”, afirmou.

Sobre um Programa de Demissão Voluntária (PDV), o reitor disse que atualmente não existe nenhum. “É boato, rádio corredor. Queremos fazer um PDV, é uma proposta da gestão, mas ele será construído com a participação do sindicato”, garantiu.

Quanto a demissões que estão sendo realizadas para favorecer conhecidos(as) em detrimento de outros(as) trabalhadores(as), Ricardo Marcelo disse que tomará providências. “É inadmissível que estejam havendo demissões a partir de critérios pessoais.”

O Sinditest informou que a categoria recebeu apenas 30% do Vale Transporte do mês de maio, e não tem recebido adicionais de férias. O reitor tomou conhecimento da questão e reafirmou que a prioridade é pagar salários.

Liberação Sindical

Outro problema levado à Reitoria é a perseguição aos(as) dirigentes sindicais. Diversos(as) diretores(as) estão levando falta ou não tendo sua folha-ponto homologada devido à participação em atividades sindicais. Chefias estão cortando diretamente o ponto ou assediando para que os(as) dirigentes reponham as horas. O Sinditest reivindicou que haja liberação de diretores(as) de suas funções como técnicos(as) para a atuação sindical.

Atualmente, há apenas um diretor e uma diretora da UFPR licenciados(as) sem vencimentos – eles(as) sequer são liberados(as), pois é o Sindicato que custeia seus salários. A coordenadora de Comunicação e Imprensa do Sinditest Carla Cobalchini lembrou que quanto ao sindicato dos(as) docentes da UFPR, há inclusive uma resolução do Conselho Universitário (COUN) que versa sobre a liberação para atividades sindicais.

“A Universidade não pode dar mau exemplo e entrar neste fluxo da história que é de retrocesso. O Sindicato está aí pra fazer a mobilização e a defesa dos direitos dos trabalhadores e tem que ter condições para isso. Ponto”, disse o reitor.
Uma comissão será formada, entre Reitoria e Sinditest, para construir uma saída jurídica para tentar avançar na liberação sindical.

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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