FUNPAR/HC: Estamos em estado de greve, no dia 2 ela pode estourar

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“Estamos em estado de greve, no dia 2 ela pode estourar”, sintetizou uma trabalhadora

“Estamos em estado de greve, no dia 2 ela pode estourar”, sintetizou uma trabalhadora

Ainda informal, a proposta feita hoje cedo por telefone pelo advogado da Fundação, Luiz Antônio Abagge, foi de reajuste salarial sobre a metade do INPC, algo perto de 4,5%. Os trabalhadores consideram insuficiente e indecente a proposta da patronal. Caso a melhoria da proposta não aconteça até dia 1º de junho, haverá paralisação. “Isso é uma palhaçada. No começo ele disse que tinha nada e agora aparece com isso. É brincadeira com a nossa cara, é um desrespeito com nós”, afirmou Olivardo Acarine.

A pauta entregue pelos obreiros reivindica 20,16% de aumento salarial e está baseada em estudos para evitar o achatamento dos salários da categoria que vem acontecendo ao logo de pelo menos duas décadas. O índice proposto pretende cobrir a projeção de inflação do período que corresponde à vigência da data-base (9,97%) e as perdas acumuladas desde 1994 (6,08%). Com isso, o ganho real ficaria em apenas 3%.

Chega de adiar

Até aqui já foram realizadas três reuniões com a patronal, que num primeiro momento chegou a negar a representatividade do Sinditest. Nas duas reuniões seguintes, nenhuma contraproposta foi apresentada, apesar do compromisso firmado com a categoria. Apesar disso as tentativas de cansaço não estão dando certo, os trabalhadores demonstram que estão conscientes da má intenção da patronal.

Célia Regina de Jesus, integrante da comissão obreira, relatou que foi preciso a imposição de uma data na última reunião (18 de maio) para comissão patronal parar de embromar nas negociações. “O senhor quer que a gente espere até quando? Acontece que nosso bolso não espera, nossas contas estão aumentando, nossos armários estão vazios. Queremos resposta pra ontem, não temos mais tempo pra esperar”.

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Aviso: “No dia 2 vamos dar uma grande resposta pra eles. Somos poderosos e sabemos o que a gente quer”

Para Carmen Luiza Moreira, da coordenação geral do Sinditest a patronal deve assumir outra postura, uma postura de respeito com os trabalhadores e melhorar a proposta. “Na nossa avaliação o que eles apresentaram é insuficiente, estamos pedindo 20%”, retalhou. “A gente é uma muralha, pra derrubar esse povo não é bem assim, tem que apresentar outra proposta. Ou melhora, ou para”, resumiu.


Adriana Possan
Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

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