Funpar: assinatura do Acordo Coletivo simboliza vitória da categoria

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Encerrada as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho 2018/2019 da Funpar. Trabalhadores(as) e Reitoria assinaram hoje (21) o documento que oficializa o ACT da categoria. Participaram das formalidades representantes da patronal e membros da Comissão Obreira – diretores e diretoras do Sinditest e representantes da base eleitos em assembleia.  “Esse é um momento de alegria para a Universidade Federal do Paraná, para a administração do Complexo do Hospital de Clínicas e para a Funpar. Posso dizer que dentro de um momento de crise a gente fez aquilo que é possível do ponto de vista da administração para recompor não só o salário, mas também o vale-creche, o vale-alimentação e o adicional de insalubridade”, afirmou o Reitor da UFPR Ricardo Marcelo.

Para a administração, as cláusulas econômicas negociadas demonstram o comprometimento da gestão com os trabalhadores e trabalhadoras fundacionais. “A inflação do INPC foi de 1,69%, o reajuste que está nesse acordo coletivo foi de 4%. Um tipo de reajuste que não acontece em nenhum dissídio coletivo que seja levado ao Judiciário. Portanto, uma coisa única, que representa 236% acima da inflação. Um reajuste de 8% no vale alimentação, um reajuste de 7,72% na base de cálculo do adicional de insalubridade – sabemos que é algo tremendamente importante para os(as) trabalhadores(as) Funpar”.

Na avaliação do Sindicato, nenhuma das conquistas deste novo ACT seria possível sem o esforço e dedicação da Comissão Obreira, formada majoritariamente por mulheres da categoria. “Para mim, que sou uma militante feminista, me faz encher de orgulho que a representação seja toda de mulheres. Elas estão representando não só esses meses de trabalho, mas o trabalho construído de uma vida inteira, de mais de vinte anos de hospital de cada uma delas. Tenho certeza que isso não é um orgulho só pra mim que sou uma dirigente sindical, mas tem que ser motivo de orgulho para toda a universidade. Somos exemplo nacional”, afirmou Mariane Siqueira, uma das coordenadoras do Sinditest e da FASUBRA.

Comissão Obreira

O coordenador-geral do Sindicato, José Carlos de Assis, destaca que tanto a diretoria da entidade quanto a Comissão Obreira estavam preparados para o enfrentamento com a patronal. “Fizemos uma capacitação para nós coordenadores(as) e para a Comissão. Temos que dar parabéns para a comissão dos(as) trabalhadores(as). Eles tiveram papel fundamental para essa excelente negociação. Temos que reconhecer que realmente ficou, diante de todo o cenário, um excelente acordo. São 20 anos de pancada na cabeça, de promessas não cumpridas, então a Reitoria está abrindo este caminho. Esse segundo acordo é mais um passo para ter essa confiança da categoria”.

“Sem a comissão a gente não teria conseguido essa vitória. Lá no início, na primeira reunião nossa, o Sandro do DIESE veio com os números e foi todo mundo para casa bem deprimido. “Como vamos conseguir um aumento com a inflação assim?”. Foi uma vitória e o pessoal da Funpar está cada vez mais unido. Percebemos que isolados a gente não consegue nada. Diante da conjuntura que estamos vivendo a gente conseguir isso…tá todo mundo aqui de parabéns”, relembrou a coordenadora sindical Maria Aparecida de Oliveira.

ACT de Bolso

O Sinditest prepara agora o já tradicional ACT de Bolso. A publicação é mais uma ferramenta de luta contra os casos de assédio, frequentes na história dos trabalhadores(as) do Complexo do Hospital de Clínicas. O material impresso em breve será distribuído em assembleia e nos postos de trabalho.

Clique aqui e confira o Acordo na íntegra.

 

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