Ficar em casa é proteger você e a sociedade

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A ação mais importante que um cidadão pode fazer agora, durante esta crise da pandemia do Coronavírus (que causa a Covid-19), é ficar em casa.

O isolamento social (quarentena) não é férias, não é passear, não é ficar andando a esmo por aí e nem ir ao parque.

Esta medida é para salvar vidas, e deve ser prioridade de todos neste momento.

O Coronavírus está circulando, e ninguém consegue saber qual o grau de contaminação real da população. Uma parte não apresenta sintomas e pode estar espalhando o vírus.

É uma doença muito mais violenta que outros tipos de gripe, e muito mais contagiosa e mortal até do que a H1N1.

Quando há complicações, é necessária a internação, pois pode gerar gravíssimos problemas respiratórios (inclusive um tipo de forte pneumonia), que podem ser fatais.

É por isso que a imensa maioria dos especialistas do mundo estão recomendando o isolamento como forma emergencial de prevenção e de contenção, enquanto não há cura ou vacina.

Ficar em casa é evitar que você pegue o vírus ou seja agente infeccioso para os demais.

Por mais que os sistemas de Saúde estejam mobilizados e lutando para ampliar vagas, estas não serão suficientes se todos ficarem doentes ao mesmo tempo. Vidas poderão ser perdidas simplesmente por não haver como serem salvas por falta de leitos ou de respiradores.

E isso se estende a pessoas com outros problemas de saúde que poderão vir a precisar de atendimento. No norte do Paraná, por exemplo, ainda há surto de dengue em várias cidades.

 

Arrependimento tardio

Na Itália, há pouco mais de um mês, empresários fizeram um intenso lobby para que o país não parasse e todas as atividades econômicas, incluindo as não essenciais, fossem mantidas. O discurso era o mesmo do presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. A economia era “mais importante”.

Depois, tiveram de parar de qualquer maneira, mas contando os mortos, sem lugar para enterrá-los. Mesmo o sistema de saúde que é considerado um dos melhores do mundo, e com mais leitos de UTI por habitantes que o Brasil, entrou em completo colapso.

O Brasil não pode repetir os erros da Itália, pois custará muito mais vidas, num país com carências de saúde bem maiores. A escolha entre vidas e a economia é falsa. Não há economia para ser salva se pessoas morrerem. E há estudos bem embasados sobre pandemias do passado que apontam que cidades que cumpriram quarentena durante elas tiveram menos mortes e se recuperaram economicamente mais rápido que as que insistiram em viver como se nada estivesse acontecendo.

Por isso o importante é “achatar a curva”, isto é, evitar que as pessoas se infectem rapidamente, sobrecarregando o sistema de Saúde. Se menos pessoas ficarem doentes ao mesmo tempo, maior chance de serem salvas, pois os hospitais estarão menos lotados.

Do mesmo modo, os profissionais de saúde, que estão nesta linha de frente contra a pandemia, terão seu trabalho melhor distribuído e menos riscos (já que quanto mais infectados para serem tratados, maior a chance de contaminação dos profissionais). Isso será particularmente importante para as trabalhadoras e os trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) da UFPR.

A ciência está correndo contra o tempo, no mundo inteiro, buscando medicamentos que sejam eficazes e uma vacina para imunizar as populações. Quanto mais tempo demorar para as pessoas adoecerem, maior chance de serem salvas, pois procedimentos poderão ser melhorados e até uma vacina ser inventada até lá.

Por enquanto, não há remédio que seja considerado a cura efetiva, assim como não há vacina. Por isso, é melhor não sair de casa, praticar isolamento e tentar não adoecer.

Os casos estão sendo subnotificados, de forma proposital ou por incompetência dos gestores. Os casos de doenças respiratórias triplicaram neste período em relação ao ano passado. Não há testes suficientes para saber se isso é efeito do Coronavírus.

E, para piorar, o presidente da República, Jair Bolsonaro, erra terrivelmente ao contrariar todas as recomendações de especialistas, por puro capricho eleitoral. O Brasil é o único país do mundo onde a população pode ser salva se contrariar o que o Governo está propondo.

A prioridade é salvar vidas. Os profissionais de saúde já estão fazendo o seu melhor. Você também precisa fazer o seu melhor que é ficar em casa. Assim, proteja você e a sociedade.

União necessária

O enfrentamento ao Coronavírus deverá ser coletivo. Por isso, o Sinditest-PR se uniu à Sesunila, Adunioeste, Sinteoeste (sindicatos que representam técnicos e docentes da Unila e da Unioeste) para lançar a campanha “Fique em Casa”, que estará circulando pelos meios digitais e também por carros e som e pelas rádios RCI do Sinteoeste.

#fiqueemcasa

Fonte: Sinditest-PR

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