Economista explica as mudanças da Reforma da Previdência para o Setorial de Aposentados

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O economista Eric Gil, do IBEPS – Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais foi o palestrante do encontro do Setorial de Aposentados que aconteceu nesta quarta-feira (13) na sede social do Sinditest.

O convidado falou sobre a Reforma da Previdência e tirou dúvidas dos aposentados sobre as mudanças que ocorrerão caso seja aprovada a reforma. Eric explicou os principais pontos da reforma – idade, tempo de contribuição, regras de transição-, e o que muda nos critérios para se aposentar.

Um dos pontos que gerou revolta entre os presentes foi a exclusão dos militares e a pouca mudança para os políticos já eleitos. Além das falsas informações divulgadas pelo governo para justificar o rombo da previdência, que segundo o economista é infundado.

Após uma explanação geral, Eric respondeu às perguntas dos presentes em relação, principalmente, aos que já são aposentados.

“Achei importante passar uma visão geral do quanto essa reforma vai causar de danos aos idosos porque já temos muita dificuldade em nos sustentarmos e sustentar planos de saúde, que é a forma que temos de nos garantir em uma situação de doença, e o governo quer acabar com isso” relata Neide Brum, secretária executiva do setor de Ciências Humanas da UFPR, aposentada desde 2001.

A preocupação de muitos é com a diminuição dos ganhos e aumento da contribuição, como explica Guaraci Flores da Silva, farmacêutica, aposentada há dois anos e meio. “São muitas preocupações com a reforma, principalmente com os menos favorecidos. Mas como eu já estou aposentada me preocupa bastante o aumento da alíquota pelo sistema de capitalização, vai haver um enfraquecimento então vai ter um aumento com certeza” afirma.

A luta continua

Para a maioria dos aposentados a luta contra a reforma não deve parar. A preocupação é que, mesmo que esse texto da reforma não passe pelo congresso, haverá outro plano para retirar direitos dos trabalhadores e de todos os que precisam da previdência.

Maria Zilma, docente do Programa de Pós-Graduação e Tecnologia, endossa que depois da aposentadoria tem muita vida ainda pela frente e que a luta não deve parar. “É muito importante continuar lutando porque a previdência só vem na contramão, vamos ter que suportar muitas despesas com a idade e temos que nos unir cada vez mais para lutar, não podemos esperar nos aposentar para morrer, nós queremos viver muito depois da aposentadoria” explica.

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