Assembleia geral reforça importância das lutas e da defesa da UNILA

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Os(as) trabalhadores(as) da base do Sinditest discutiram a necessidade de dar continuidade às lutas contra Temer e as Reformas e pelas Diretas Já, além de reafirmar a importância da autonomia universitária em um momento de tentativa de extinguir a UNILA e amputar os campi Toledo e Palotina da UFPR.

Foi aprovada a participação da categoria no dia de paralisação convocado pela FASUBRA para 2 de agosto, com a condição de que outras universidades federais participem também. O debate foi realizado em assembleia geral, na manhã desta quinta-feira (20), no Anfiteatro 100, na Reitoria da UFPR.  A base do Sinditest exige também que a mobilização proposta envolva os reitores, para que  cobrem um posicionamento da Andifes, entidade que representa nacionalmente os dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior.

Para os dias 2 e 3 de agosto, a base aprovou por unanimidade uma mobilização contra o governo ilegítimo, o Congresso corrupto e as Reformas da Previdência e Trabalhista, e pela realização de eleições Diretas Já. Em Curitiba, será organizado um ato na Rua XV de Novembro, com panfletagem para conscientização da população. No interior, serão realizados atos locais com o mesmo caráter.

Além disso, o Sinditest irá redigir uma carta para as entidades (FASUBRA, CSP Conlutas e demais centrais sindicais) pedindo unidade para a paralisação do dia 2.

Unila

Uma proposta do deputado federal Sérgio Souza (PMDB/PR) quer acabar com a UNILA e desmembrar a UFPR e a UTFPR. A Emenda Aditiva à Medida Provisória 784/2017, de autoria do parlamentar, propõe a criação da Universidade Federal do Oeste do Paraná (UFOPR) onde hoje é a UNILA, extinguindo-a, além de agregar os campi de Toledo, Medianeira e Santa Helena da UTFPR e os campi de Toledo e Palotina da UFPR.

O delegado de base e trabalhador da UNILA Warner Lucas veio de Foz do Iguaçu para passar informes sobre a mobilização contra esse ataque à Universidade. “Muitos acusam a UNILA de ter sido uma política do governo petista, mas ela é uma política de Estado. Estamos há sete anos construindo essa política, temos vários documentos oficiais elaborados pelas comunidades interna e externa. Estamos participando da produção de conhecimento dos países latino-americanos”, afirmou Warner, defendendo a importância da instituição nas áreas da ciência, tecnologia e inovação.

Em favor do agronegócio, a Emenda Aditiva ataca a autonomia da Universidade e o projeto de integração da América Latina, dentro do qual a UNILA foi criada, há sete anos. “Essa proposta é xenófoba e fascista, ela vem deste governo que só tem homens brancos em seus ministérios, vem de homens que se incomodam ao ver latinos estudando no Brasil”, ressaltou o diretor do Sinditest Yousseff Ali.

Warner apontou que, aos que acusam a UNILA de gastar verba nacional para educar estrangeiros(as), vale lembrar que recursos estrangeiros formaram professores(as) excelentes que estão a serviço de alunos(as) brasileiros(as) na Universidade.

Foram aprovados os encaminhamentos:

  • Organizar campanha em defesa da UNILA e das universidades públicas no Estado do Paraná;
  • Chamar uma reunião estadual entre os movimentos sociais;
  • Propor um seminário estadual conjunto para discutir o projeto de Universidade que queremos, em agosto
  • Impulsionar o movimento estudantil para essa luta;
  • Elaborar um panfleto específico.

Solidariedade

Dentro dos informes, Yousseff comunicou que três técnicos da UNIRIO – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – foram demitidos por perseguição política. A base aprovou o envio de uma ajuda financeira do Sinditest a esses trabalhadores, que estão sem empregos por uma retaliação às lutas e greves em que se engajaram. Também foi aprovada uma moção de repúdio à Reitoria da Universidade.

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Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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