Assembleia Geral encaminha ações de resistência da Funpar

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Com a participação do jurídico da entidade, trabalhadores da base, em Assembleia Geral, puderam se informar e esclarecer dúvidas referentes à audiência que tratou da ação sobre a representação dos funcionários Funpar/HC pelo Sinditest. O coletivo também deliberou – por unanimidade – pela continuidade e intensificação da campanha em defesa do direito de representação da categoria pelo Sinditest, pela abertura da discussão sobre uma possível Reforma Estatutária e pelo início dos trabalhos do ACT, com eleição da Comissão Obreira já na próxima assembleia.

Dra. Gisele Cantergiani de Freitas deu início a discussão do principal ponto de pauta com a contextualização das ações trabalhistas que tramitam em face do Sindicato. “Essa audiência inicial, prevista na Justiça do Trabalho, teve fim conciliatório. Na audiência o sindicato foi notificado sobre outra ação proposta, que tem como Autor Elias Cordeiro. Agora as duas ações tramitam juntas, porque o resultado de uma necessariamente interfere na outra. Por mais que os pedidos sejam diferentes no fim se chega a mesma conclusão, que é o questionamento em relação a representação do pessoal da Funpar pelo Sinditest”, explicou.

O contexto dos fatos, que indica proximidade entre os trabalhadores da base, autores das ações – Janiel de Oliveira Ferreira, da UTFPR, e Elias Cordeiro, aposentado do HC – e as chapas não eleitas para o Sindicato, gerou revolta entre os funcionários da Funpar que, consideram ambos os processos uma traição à categoria.

“Antigamente todo mundo queria a Funpar, porque a gente era um número maior. Na hora das votações, fazíamos diferença. Agora estamos diminuindo. Vai ficar difícil. Independente de chapa o que nós temos que garantir é a nossa representação, até quando tiver cinco, dez funcionários. A gente quer que o Sinditest nos represente!”, afirmou Maria Aparecida de Oliveira, a Cida.

Indignada, a trabalhadora, que é também coordenadora sindical, mandou o recado e foi aplaudida pelos colegas: “É maldade fazer o que estão fazendo. Por que não esperam uma nova eleição? Que ganhem no justo, no voto. Agora vir tirar o direito de votar, os nossos votos, é anular! Anular o voto da Funpar é grave, daqui a pouco não vamos votar nem mais para Reitor. Ter mexido com isso aqui foi maldoso!”.

O mesmo tom adotou Rosaninha Silva, coordenadora-geral pela chapa eleita democraticamente: “Todas as chapas que participaram não questionaram durante a eleição a validade dos votos da Funpar. As pessoas que agora estão representando ou não as chapas nesses processos são pessoas que não conseguem ganhar o sindicato no voto, não tem competência pra ganhar no voto. São incapazes de ganhar no voto”.

Ela completa: “O Sinditest vem há alguns anos ajudando a Comissão Obreira a fazer um dos melhores Acordos Coletivos do país, isso a gente não pode desconsiderar. Agora, se a gente percebe nitidamente que as pessoas de ambos os lados só nos consideram na hora do voto, aí não serve pra gente!”.

Uma audiência de instrução marcada em ambos os processos para o dia 29 de março, quando então poderão ser ouvidas as partes e testemunhas. Mobilizados, os trabalhadores da Funpar prometem comparecer em peso para a defesa do direito de representação pelo Sindicato.

Clique no vídeo abaixo e assista à gravação da Audiência na íntegra.

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