FUNPAR/HC fará greve se o pagamento do 13º atrasar

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“Não depositou, parou”, esse é o tom assumido hoje em assembleia pela direção do sindicato e apoiado pelos trabalhadores fundacionais do Hospital de Clínicas. Desde o início do ano a categoria vem sendo prejudicada por atrasos reiterados no pagamento de salário e benefícios. Dia 20 de dezembro é a data limite do pagamento do 13º salário e os trabalhadores receiam novos atrasos.

“Tem que acabar com isso. Ninguém aqui é criança, é farelo que a gente recebe, é migalha que cai da mesa, isso quando a gente recebe. O ruim de ficar esperando resposta do patrão é que a gente fica refém. Temos que tomar medidas imediatas: se não tiver pagamento em dia do 13º, nós vamos parar”, Carmen Luiza Moreira, diretora do sindicato.

José Carlos Assis, diretor, avisou que a categoria está cansada de fazer concessões. “Já estamos abrindo mão todos os dias de nossos direitos, não dá mais pra aceitar. Se o 13º atrasar chamamos assembleia e marcamos greve”.

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“Se não sair o pagamento do 13º, é greve no outro dia”, garante José Carlos

Em reunião no dia 25 de novembro com a patronal e os trabalhadores o advogado da fundação chegou a dizer que não estava sabendo dos atrasos. “Se você é advogado da FUNPAR e não está sabendo disso, onde é que você anda? Em que mundo você vive?” rebateu Carmen.

Na ocasião da reunião os trabalhadores exigiram o fim do assedio moral, que tem partido principalmente da chefia da EBSERH. Desde que assumiu a empresa fez mudanças confusas e equivocadas no registro de ponto dos funcionários e chegou a proibir que os fundacionais fizessem recesso no final de ano. Ficou acordado entre patronal de trabalhadores que não precisa registrar os 15 minutos de intervalo, é necessário apenas o registro de entrada e saída. A absorção do intervalo de uma hora dentro da jornada de 8 horas ainda está sendo discutida.

Atraso de férias

A assessoria jurídica do Sinditest entrou com ação coletiva na Justiça do Trabalho pedindo pagamento imediato aos trabalhadores que estão com a remuneração de férias atrasadas. “Não existe pleno gozo de férias sem o suporte financeiro, portanto, é essencial que se pague a remuneração de férias”, sustentou a advogada Josimeri Paixão. “A juíza deu 10 dias para a FUNPAR se manifestar. Nós entendemos que temos provas suficientes para que a fundação pague os trabalhadores. Pedimos inclusive que a FUNPAR pague em dobro por conta do atraso, conforme prevê o ACT”.

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Carmen Luiza: “Minhas férias caíram com 28 dias de atraso e com a muitos dos meus colegas aconteceu a mesma coisa”

Reunião no Hall da Direção, mais uma vez

Por falta de sala novamente a assembleia de oje ocorreu no Hall da Direção do HC. O assédio e pressão, sobretudo para os trabalhadores FUNPAR/HC, vem sendo sentido com mais intensidade desde o início do ano passado, quando os trabalhadores se opuseram à aprovação da ESBERH no Hospital de Clínicas.

As assembleias comumente eram realizadas na sala 02 ou auditório do 7º andar, mas o acesso aos trabalhadores permanece sendo negado. “Nós estamos fazendo nova assembleia no Hall da Direção por que não cederam nenhuma sala dentro do HC”, informou Carla Coblachini, diretora do sindicato.

Relembre: UFPR proíbe assembleia dos trabalhadores da FUNPAR/HC dentro do HC

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Adriana Possan
Assessoria de Comunicação do Sinditest

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