Trabalhadores(as) da FUNPAR deliberam sobre atrasos

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Técnicos(as) da FUNPAR aprovaram a realização de uma assembleia da categoria para o próximo dia 15, quinta-feira, em assembleia promovida nesta segunda-feira (5), no Hospital de Clínicas (HC). Na pauta, está o pagamento do décimo terceiro salário. A ideia é aprovar indicativo de greve a partir do dia 21, para caso o benefício não seja depositado até o dia 20.

A assembleia desta segunda (5) foi convocada para discutir o atraso do pagamento do Vale Transporte (VT). Como uma parcela dos(as) trabalhadores(as) já recebeu o benefício, e a promessa é que o restante receberá até esta quarta-feira (7), não foi necessário definir ações relacionadas a esse ponto.

O advogado do Sinditest Adilson Korchak orientou os(as) que ainda não receberam o VT e não estão em greve a, se for o caso, justificarem que não têm meios financeiros de ir ao trabalho através do protocolo de um ofício. “As chefias não podem efetuar desconto quando há descumprimento do acordo coletivo”, explicou.

Judicialização

Na assembleia, o advogado informou que o processo de judicialização da greve da FUNPAR está aguardando a sentença do desembargador Cássio Colombo Filho.

A coordenadora de Comunicação do Sinditest, Carla Cobalchini, reforçou que há legalidade para que a categoria FUNPAR permaneça ou entre na Greve Contra a PEC 55, que deve durar até o dia 13, data da votação da Proposta em segundo turno no Senado Federal.

“Quem quiser transformar em greve a indignação de não receber o VT e o décimo terceiro, de não ser cumprimentado pelos diretores do HC no almoço do Madalosso, de não ser reconhecido e valorizado, está tudo certo, como disse nosso advogado”, afirmou Carla.

Ela relembrou que, antes mesmo de concluída a votação da PEC 55, o governo Temer vai enviar a proposta de reforma da Previdência ao Congresso Nacional, ainda nesta segunda-feira (5). “Isso vai ter impacto real na vida dos trabalhadores da FUNPAR, daqueles que estão contando os dias para a aposentadoria. Essas medidas pegam todo mundo, mas vai sofrer primeiro quem tem vínculo empregatício mais precário, que é o caso dos celetistas.”

Precarização

Além do refeitório do HC que está fechado por tempo indeterminado para os(as) funcionários(as) – apenas os(as) trabalhadores(as) do turno da noite estão recebendo refeições –, os(as) funparianos(as) continuam sofrendo com as condições precárias de trabalho.

A presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) do HC, Rosana Regina Nunes da Silva, deu informes sobre falta de materiais básicos, como luvas e tonner de impressão. “Será que a superintendência do Hospital está preocupada com essa situação, que aumenta o risco para o trabalhador?”, questionou. Outros(as) trabalhadores(as) FUNPAR ainda deram relatos de assédio moral e desvalorização.

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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