UFPR: Sinditest-PR, Reitoria e Progepe se reúnem para tratar das pautas locais

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A direção do Sinditest-PR participou de uma reunião na Reitoria da UFPR, no dia 1° de novembro, com o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas Douglas Ortiz Hamermuller e com a Chefe de Gabinete Marinês de Pauli Thomaz. O encontro, realizado após 43 dias da solicitação formal protocolada pelo Sindicato, teve como propósito a discussão sobre o andamento das pautas locais na Universidade e no Complexo do Hospital de Clínicas (CHC).

Confira abaixo os principais encaminhamentos!

Progressão por Mérito

A direção sindical cobrou a Universidade pelos atrasos no pagamento da Progressão por Mérito. “Não é o primeiro ano em que há atraso no pagamento. Reiteradamente falamos com a Progepe (Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas) sobre isso. Há um problema de fluxos com a Seção de Avaliação da Coordenadoria de Desenvolvimento de Pessoas (SAV/CDP).  A orientação da CDP para o desenvolvimento do Sistema de Avaliação de Desempenho (AD) foi tão restrita que prejudicou as análises e, consequentemente, a concessão do benefício,” afirmou a coordenadora Elis Regina Ribas.

A Progepe informou que os fluxos de pagamento pela Progressão por Mérito estão em implantação, exceto os casos em discussão por questões de recurso. “Se tiver alguma situação que o Sindicato nos pontue, a gente vai atrás para agilizar, implantar e o pessoal receber na próxima folha”, comentou Hamermuller.

Elis enfatizou que o problema, muitas vezes, não são os recursos que estão na Comissão de Acompanhamento da Avaliação de Desempenho (CAAD), mas sim a demora da CDP/ Progepe no retorno à Comissão, bem como a imposição de regras indevidas na liberação dos comprovantes.

“A gente não pode ficar esperando. Não resolver isso afeta pessoas cujo salário está completamente defasado. A Progressão é a alternativa que os TAEs têm para garantir uma pequena melhoria”, completou o coordenador Marcello Locatelli.

Avaliação de Desempenho

O Sinditest-PR exigiu que a pauta sobre as modificações necessárias na Resolução de Avaliação de Desempenho seja inserida, urgentemente, na próxima reunião do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD).  “A gente finalizou uma proposta de alteração da resolução que, em tese, incorpora tudo o que o Sindicato já pediu”, informou o Pró-Reitor.

Conforme a gestão, este conjunto de medidas proporcionará, em um breve período, os recursos necessários para a emissão do comprovante de avaliação, independentemente das notas, e a resolução eficaz de questões administrativas sem a necessidade de recorrer a recursos. No entanto, Elis ponderou que as situações não contempladas, como tratamentos médicos para doenças graves, estão emergindo, resultando na negação de recursos devido à ausência de respaldo legal.

“Alguns técnicos necessitam de abordagens distintas, e é crucial estabelecer uma base legal que ampare esses casos”, afirmou Elis, que solicitou o apoio da administração para a análise mais aprofundada dessas circunstâncias pela CAAD. Tanto Douglas quanto Marinês entenderam que estes casos precisam de atenção e que podem vir a ser analisados de maneira diferenciada, garantindo o respeito ao direito à Progressão por Mérito.

30 horas

Para uma avaliação permanente e definição dos critérios da jornada flexibilizada, a direção sindical cobrou a abertura de uma Comissão entre a entidade e a UFPR. A iniciativa tem por objetivo garantir as 30 horas a todos que tenham direito, sobretudo para as técnicas e técnicos que enfrentam entraves para viabilizá-la.

“O fluxo do pedido de jornada flexibilizada solicitada pelos técnicos administrativos em educação passa somente pelas chefias, coordenadores e diretores de setor até chegar à mesa do Pró-Reitor, ou seja, somente por representantes da gestão. Muitas vezes, ficando submetida à critérios subjetivos dos mesmos que não dialogam com a nossa concepção de jornada flexibilizada. É necessário que haja uma comissão específica com representantes do sindicato, CIS e gestão da UFPR para avaliar esses pedidos para que se chegue num entendimento comum e isonômico sobre a jornada flexibilizada”, afirmou o coordenador Máximo Dias Colares.

“E para isso dar certo, é importante que a comissão tenha capacidade de emitir pareceres. Uma vez que o pedido, feito no local de trabalho com a chefia referendando, fosse enviado, primeiramente à comissão, para depois encaminhar aos diretores de setor, de departamento, etc. Parece que assim teria a possibilidade de estabelecer critérios mais objetivos, técnicos, e abrir espaço para debate dentro dos setores e das chefias”, explicou o coordenador Ivandenir Pereira.

A gestão concordou com a abertura de um grupo de trabalho e se comprometeu a marcar a data da primeira reunião após o envio dos nomes que integrarão a discussão.

Teletrabalho

Durante a agenda, a direção do Sinditest-PR questionou a Progepe sobre situações de microgerenciamento denunciadas pelas técnicas e técnicos da base. “Microgerenciamento acontece, por exemplo, quando você, como gestor, começa a dizer para as suas chefias o que elas devem fazer, na tentativa de uniformizar processos que são diferentes”, explicou a coordenadora Elis.

Conforme relatado para a gestão sindical, a resolução do COPLAD tem sido desrespeitada sistematicamente nos setores de Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Ciências Sociais Aplicadas e, inclusive, na própria Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas.

Na Biológicas e Saúde, fizeram uma resolução que modifica a resolução do COPLAD. Eles estão criando atividades, atribuições, descrições dos cargos e levando isso para ser discutido e aprovado em Conselho Setorial, levando as decisões para os plenários das coordenações de departamento. Isto é assédio”, colocou Marcello Locatelli.

Na avaliação do Sindicato, a gestão da Universidade precisa ter como critério fundamental a transparência em tudo aquilo que diz respeito à nova modalidade de trabalho.

“A única solução é o Reitor interferir diretamente com estes diretores, é um trabalho de articulação política. Se ele não fizer, isso vai se espalhar e estaremos com um monte de resolução sendo produzida nos setores, resoluções que não respeitam a do COPLAD, que inclusive começam a pensar que podem mudar o Plano de Carrreira dos Cargos dos Técnicos Administrativos em Educação – PCCTAE”, evidenciaram os dirigentes do Sindicato.

Um novo encontro para discussão deste tema, que tem estarrecido a categoria, foi marcado para o dia 05 de dezembro.

Plano de Saúde

A gestão ainda deu um informe positivo quanto às negociações do plano de saúde com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Segundo a Progepe, a UTFPR, neste momento, busca realizar uma alteração na resolução interna para permitir que outras instituições federais de ensino superior no Paraná possam aderir ao convênio oferecido pela instituição.

“O conselho da UTFPR pediu que fizessem ampla divulgação, então a gestão está fazendo visitas em todos os campi para fazerem a aprovação definitiva e poder viabilizar o ingresso das demais instituições nesse mesmo plano ou que as instituições façam um consórcio negociado com uma gerenciadora de plano de saúde que seja mais vantajosa”, informou o Pró-Reitor Douglas.

Além disso, a Progepe também se reuniu com o diretor executivo da Allcare, administradora de planos de saúde para elaborar um termo de convênio alternativo. O Sinditest-PR acompanha de perto a questão

 

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Autor

Assessoria de Comunicação do Sinditest-PR

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