Trabalhadores(as) dão pontapé inicial nas lutas de 2017

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A base do Sinditest definiu, na última assembleia geral do ano, atividades que começarão a organizar as lutas contra o ajuste fiscal em 2017: um seminário com o movimento CWB Contra Temer e a construção de um plebiscito sobre a reforma da Previdência. Além disso, foi aprovado que o Sindicato faça pressão para que as centrais sindicais se reúnam e unifiquem os enfrentamentos aos ataques contra a classe trabalhadora.  A assembleia foi realizada nesta terça-feira (20), na Tenda da Greve, no pátio da Reitoria da UFPR.

Também foi aprovada uma moção de apoio ao trabalhador do Banco do Brasil Juary Chagas, do Rio Grande do Norte, demitido por perseguição política. O Sinditest elaborará uma nota de solidariedade e publicará neste site.

Unificação

A coordenadora de Administração e Finanças do Sinditest, Mariane Siqueira, convidou a base para construir um seminário conjunto ao movimento CWB Contra Temer, que vem convocando a população para atos de rua contra a reforma do Ensino Médio, a PEC 55 e os ataques da direita que ainda virão.

As manifestações têm reunido pessoas de várias idades, ideologias e concepções sobre métodos de luta, de jovens secundaristas a aposentados. A diversidade da massa que está descontente com o governo produziu algumas divergências. A coordenadora ressaltou a importância de debater essas diferenças para unificar a resistência ao ajuste fiscal. A soma de forças, afirmou ela, é necessária diante do cenário sombrio que se aproxima.

“No ano que vem vai vir reforma da Previdência, reforma trabalhista, pode vir reforma sindical. Podemos ter eleições indiretas ou não, vai ter mais prisões da Lava Jato. As centrais sindicais deveriam estar preocupadíssimas em como enfrentar isso tudo na prática, mas isso não está acontecendo”, afirmou Mariane.

O coordenador geral Carlos Pegurski sugeriu a construção de um plebiscito sobre a reforma da Previdência, aproveitando que o a população é mais sensível a esse tema que à PEC 55, por exemplo.

Ponto dos(as) grevistas

Na assembleia foram apresentados informes sobre a negociação do ponto. Ontem (19), a comissão eleita pela base apresentou uma nova minuta ao então reitor da UFPR Zaki Akel Sobrinho, na qual defendia a reposição de trabalho, não de horas. A medida foi uma resposta à proposta da Reitoria, oficializada na última quarta-feira (14), que argumenta pela reposição em horas.

Nesta quinta-feira (22), nova reunião será realizada com o reitor recém-empossado Ricardo Marcelo. Na ocasião, o Sinditest apresentará todas suas reivindicações, como liberação sindical, 30 horas, redução do preço do Restaurante Universitário, combate ao assédio moral, entre outras.

Nesta quarta-feira (21), serão realizadas reuniões com o reitor da UTFPR, Luiz Alberto Pilatti, e da UNILA, Josué Modesto dos Passos Subrinho. Ambos já disseram que seguirão a decisão da Reitoria da UFPR.

A Andifes já se posicionou em relação ao corte de ponto dos(as) grevistas, e afirmou que a medida seria inviável. A reposição em horas também enfrentaria diversos entraves na prática. Por exemplo, os(as) servidores(as) que não aderiram à greve mas ficaram impedidos de exercer suas atividades porque o prédio onde trabalham estava ocupado. Eles também seriam penalizados(as)?

“Está claro que se as reitorias impuserem a reposição em horas será uma medida punitiva. Será para retaliar e evitar futuras greves. No Hospital de Clínicas, o ambulatório fica aberto até as 19 horas. O que o trabalhador vai ficar fazendo lá até as 21 horas, com o prédio fechado, sem gente para atender? Vai ficar olhando para a parede?”, questionou a coordenadora de Comunicação Carla Cobalchini.

Luisa Nucada,
Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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