Sindicato foi surpreendido com informações extraoficiais sobre mudanças iminentes no Programa de Gestão e Desempenho e alerta para riscos de práticas antissindicais.
O SINDITEST-PR protocolou, nesta semana, Nota de Repúdio endereçada aos Conselheiros e à Reitoria da Universidade Federal do Paraná (UFPR). O motivo é a ausência total de diálogo institucional referente à implementação de uma nova norma do Programa de Gestão e Desempenho (PGD).
A entidade manifesta profunda preocupação e inquietação com a condução do processo pela administração da universidade. Ao invés de convocar a representação legítima dos trabalhadores para a mesa de negociação, a Reitoria permitiu que o conhecimento sobre as novas regras chegasse ao Sindicato apenas de maneira extraoficial, ignorando o impacto direto que tais mudanças trarão à vida dos técnicos-administrativos.
Impacto na rotina e exclusão do Sindicato – O PGD não é apenas uma formalidade burocrática; trata-se de um regime de trabalho que altera profundamente a rotina da categoria, dispensando o registro de ponto e regulamentando o teletrabalho parcial. Alterações dessa magnitude exigem, obrigatoriamente, transparência e construção coletiva.
Ao excluir o SINDITEST-PR das discussões prévias, a gestão da UFPR não apenas falha na comunicação institucional, mas flerta perigosamente com o que pode ser interpretado como prática antissindical. “A falta de diálogo acaba por fragilizar a confiança necessária entre gestão e trabalhadores. A participação do sindicato não é apenas um gesto de reconhecimento, mas um princípio previsto em normas nacionais e internacionais”, destaca a Coordenação na nota.
Exigências da Categoria – Diante da iminência da votação e implementação dessas normas sem o devido debate, o SINDITEST-PR exige dos Conselheiros da UFPR:
- Suspensão de qualquer deliberação sem a presença do sindicato;
- Garantia de participação efetiva do SINDITEST-PR nas discussões e decisões sobre o PGD;
- Compromisso de que práticas de exclusão e desconsideração do diálogo sindical não voltem a se repetir na comunidade universitária.
O Sindicato reafirma sua total disposição para o diálogo e para a construção de soluções que beneficiem a universidade e o serviço público. No entanto, não aceitaremos que decisões que afetam diretamente o cotidiano e os direitos dos trabalhadores sejam tomadas a portas fechadas.
