Segunda etapa da Reforma Estatutária é aprovada e marca nova fase política do Sinditest

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Neste primeiro dia de greve a segunda etapa da reforma do estatuto do Sinditest foi concluída em assembleia referendada pela presença de 530 servidores (as) filiados (as). Participaram deste momento histórico trabalhadores (as) da UNILA, UFPR de Curitiba, Palotina, Jandaia do Sul e Litoral e de todos os 13 campi da UTFPR.

O Sinditest agora passa a ser Sindicato dos Trabalhadores em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior no Paraná, o que possibilita abrangência de atuação em todo Paraná. Os servidores também aprovaram a ampliação da base de representação, que agora inclui – além dos campi que já existem na UNILA, UTFPR e UFPR, e que não estavam contemplados no estatuto – , os campi ou universidades que venham a surgir no estado. “Resolvemos os graves problemas da base de representação. Nosso novo Estatuto nos permite agora representar todas as IFES do Paraná. Entramos na greve virando uma página importante da nossa história”, aponta Márcio Palmares, dirigente do sindicato.

Márcio Palmares: “Acabou o presidencialismo e a estrutura burocrática!” 

Outra mudança fundamental na base de representação citada no estatuto é a inclusão dos servidores da EBSERH, que atuarão no Hospital de Clínicas da UFPR. “A FASUBRA, nossa Federação, já venceu esse debate e aprovou que é dever dos sindicatos de base organizar esses trabalhadores”, apontou Carla Cobalchini, diretora do Sinditest, durante o debate sobre este ponto da reforma. “Somos contra a EBSERH, mas defendemos os trabalhadores. Interessa unificarmos as categorias”.

Com a reforma aprovada hoje o sindicato passa a ter diretoria colegiada e não mais estruturada numa hierarquia, todos os membros da diretoria tem o mesmo peso nas decisões. “Isso inaugura uma nova fase, acabou o presidencialismo no Sinditest”, comemorou Carla. Ainda, dentro do modelo de diretoria colegiada os (as) trabalhadores (as) decidiram manter eleições majoritárias e não proporcionais.

Carla Cobalchini: “A partir de hoje o Sinditest representa todos os trabalhadores das universidades federais e da EBSERH”

Outro passo em direção a democratização do sindicato é formalização da Organização por Local de Trabalho (OLT), que garante a atuação do (a) Delegado (a) Sindical e do Conselho de Representantes de Base. Além disso, o Congresso do Sinditest deverá ser realizado a cada dois anos e se constitui como a instância máxima de deliberação da categoria.

Por fim, foi aprovada a mudança de quórum para alteração estatutária, ficando em 5% de presença dos (as) trabalhadores (as) filiados (as) em primeira chamada e 3% em segunda chamada. Uma comissão de sistematização das alterações estatutárias que geraram divergências de conteúdo foi montada e novas propostas de mudanças serão encaminhadas para votação em nova assembleia de reforma estatutária ou no Congresso do Sinditest.

A versão aprovada do estatuto deve publicada na semana que vem no site do sindicato.

Primeira etapa da reforma
Após 20 anos sem nenhuma modificação, em 2014 o Sinditest realizou 37 assembleias setoriais para promover a primeira etapa da reforma. Com isso, foi realizada a regularização do endereço junto ao Ministério do Trabalho, mudou-se o critério de contribuição, que passou para 1% sobre o vencimento básico, e o quórum de alteração do estatuto.

Adriana Possan
Assessoria de Comunicação do Sinditest

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