A mobilização e a firmeza das entidades sindicais Sinditest-PR, APUFPR, Asufepar e Sindiedutec-PR conquistaram uma importante vitória para as categorias que representam. Após intensa pressão e a iminente ameaça de uma batalha judicial, a operadora de planos de saúde Amil recuou e confirmou, nesta sexta-feira (25), a aplicação do reajuste de 11,49% no plano coletivo, em estrita conformidade com as cláusulas contratuais. A negociação começou em maio, quando a Amil propôs um reajuste exorbitante de 31,57%, índice que posteriormente foi “reduzido” para inaceitáveis 24,87%. Diante da abusividade e da clara afronta aos termos contratuais, as diretorias das quatro entidades agiram prontamente. As negociações foram conduzidas com rigor, sempre pautadas pela defesa dos direitos dos filiados e filiadas.

As entidades sindicais, com base em análises técnicas e financeiras detalhadas, demonstraram que o reajuste correto, conforme a cláusula 9.2 do contrato, deveria ser de 11,49%, considerando a sinistralidade registrada. A Amil, por sua vez, manteve-se irredutível, sem apresentar justificativas técnicas claras para o índice proposto e ignorando a proposta apresentadas.
Assembleia decisiva – A falta de resposta e a persistência da Amil em impor um reajuste abusivo, levaram as instituições convocar uma Assembleia Geral Comunitária Híbrida na última segunda-feira, dia 21. Em um ato de unidade e força coletiva, 90% dos presentes votaram pela autorização para o ingresso de uma ação judicial caso a operadora não cedesse. Uma notificação extrajudicial, reforçando as alegações técnicas e os termos contratuais, já havia sido enviada à Amil.
Amil Recua – A decisão da Amil de aplicar o reajuste justo de 11,49% é um testemunho irrefutável da força da organização coletiva e da ação conjunta das entidades sindicais. A mobilização, que incluiu negociações exaustivas, notificação extrajudicial e a aprovação unânime da judicialização em assembleia, demonstrou à operadora que os trabalhadores e trabalhadoras não aceitarão imposições abusivas.
Esta vitória não apenas garante a manutenção de um plano de saúde com condições justas para centenas de filiados, mas também serve como um importante precedente, reafirmando que a luta sindical é o caminho para assegurar direitos e enfrentar os abusos do capital.