Na tentativa de seguir no poder, PT vai sacrificar ainda mais os trabalhadores, avalia coordenador do Sinditest-PR

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“O PT tem tentado provar ao capital que pode continuar no poder, porque está disposto a fazer todas as concessões que a elite quiser.” A afirmação é do coordenador-geral do Sinditest-PR, Carlos Pegurski, e foi feita durante uma reunião com membros da base do sindicato, na terça-feira, 29, na UTFPR.

Como exemplo de concessão quando a crise política se acentuou, Pegurski citou o plano que limita a expansão do gasto público federal, anunciado há pouco mais de uma semana. Entre outras coisas, o plano prevê a possibilidade de suspensão de aumento real do salário mínimo e a diminuição do quadro de pessoal, por meio de programas de demissões voluntárias (PDVs).

“Está escrito no plano da Dilma que nós vamos sofrer PDV, que é uma coisa lá do Fernando Henrique Cardoso. Aumento? Esquece. Agora está escrito com todas as letras: nós vamos congelar salários”, criticou Pegurski. “É muito perverso que um governo que se diz dos trabalhadores faça isso conosco”, lamentou.

Para o coordenador do Sinditest-PR, sob certos aspectos, o PT no governo é mais nocivo para a classe trabalhadora do que o próprio PSDB. “Além de aplicar a mesma cartilha, o PT domestica os movimentos sociais”, explicou. “Em épocas de vacas gordas, ele consegue administrar a crise social e dar algumas migalhas para quem trabalha, mas quando a coisa aperta, precisa escolher um lado.”

Mesmo sendo contrário à atual política governamental, Pegurski também criticou o tratamento dispensado pelo Judiciário e pela mídia ao PT. “É claro que existe uma seletividade em cima do PT. Mas também é claro que o governo fez uma opção pelas negociatas”, disse. “A mídia é o Judiciário batem no PT como não batem em outros partidos.”

O coordenador concluiu com um slogan: “Na diretoria do sindicato, nós temos acordo de que a saída da crise é pela esquerda”.

Eleições na UTFPR
Na reunião de terça-feira, o Sinditest-PR também anunciou o modelo dos debates previstos entre os três candidatos à reitoria da UTFPR. Serão ao todo cinco debates regionais, um em Curitiba (no dia 18 de abril) e quatro no interior do estado. Cada entidade representativa terá direito de enviar uma pergunta aos candidatos.

O Sinditest-PR também vai realizar uma série de entrevistas com os candidatos. Para tanto, recolherá perguntas da base, por meio de formulários digitais e de urnas nos locais de trabalho. Os detalhes serão divulgados em breve.

Sandoval Matheus,
Assessoria de Comunicação Social do Sinditest-PR.

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