Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha: Quem mandou matar Marielle?

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Hoje (25) é celebrado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que tem como origem o I Encontro de Mulheres Negras Latinas e Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, em 1992. A data tem por objetivo fomentar o debate de gênero sob o recorte racial, a fim de denunciar as violências e invisibilização que acometem as mulheres negras.

No Brasil, hoje também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela. Tereza foi líder Quilombo do Quariterê, o maior do estado do Mato Grosso, e é um dos nomes mais importantes da resistência e luta contra a escravidão no país.

Ambas as datas refletem sobre a mobilização política de mulheres negras na luta por direitos, os mesmo ideais defendidos por Marielle Franco, vítima da violência política no Brasil.

Socióloga e ativista dos direitos humanos, Marielle atuou como vereadora da cidade do Rio de Janeiro e presidente da Comissão da Mulher da Câmara. O seu trabalho foi marcado pelo enfrentamento à milícia carioca e denúncia de violações de direitos, sobretudo em ações da Polícia Militar nas favelas do Rio.

Ela foi morta em um atentado no dia 14 de março de 2018, junto ao motorista Anderson Pedro Gomes. O que a matou é nítido: uma mulher negra, lésbica e periférica lutando por direitos em um país onde emergia a onda bolsonaristas de ódio e conservadorismo. Mas quem mandou matar Marielle? São 05 anos sem solução ou culpados pelo crime. Até quando mulheres negras serão mortas sem nenhuma resposta?

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