Contra novos ataques, técnicos farão paralisação no dia 6 de julho

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“Chegamos num patamar que temos que ir pra luta mesmo. Estão mexendo em direitos fundamentais que está garantido na Constituição e nos Direitos Humanos a nível internacional. A gente estuda muito, sabe o quanto é difícil entrar no serviço público e agora querem nos dizer que a gente não pode contribuir com um projeto de país?!”, indagou a servidora Aline Rafaela de Almeida.

Na assembleia realizada hoje, 29, no miniauditório da UTFPR Curitiba a categoria de técnicos administrativos aderiu ao Dia Nacional de Paralisação que acontecerá na próxima quarta-feira, 6 de julho. Isso porque o reajuste alcançado pelo acordo de greve de 2015 está em risco, além disso, a mudança nas regras da previdência e o PL 257 compõem o pacote de ameaças aos direitos dos servidores e da população.

Para Carlos Pegurski, coordenador-geral do Sinditest, o governo e a mídia constroem junto a opinião pública a ideia de que são os serviços públicos os responsáveis pela falta de dinheiro, quando na realidade a dívida pública consome o orçamento da União. “O nosso aumento salarial agora está na mesa do Temer. A mídia dá um tratamento muito seletivo pra isso, faz campanha de desinformação para que o ajuste fiscal seja implementado”.

A categoria pretende paralisar totalmente as atividades por 24 horas para fazer um debate delongado e qualificado sobre estas pautas que afetam os serviços públicos como um todo. Um ato de rua realizado em conjunto com o fórum de entidades do Paraná e uma mesa de debate estão programados para o dia 6.

Eleição da reitoria UTFPR
Acontece hoje a tarde na UTFPR uma reunião extraordinária do Conselho Universitário (Couni), que vai reelaborar a lista tríplice enviada ao Ministério da Educação (MEC) para a indicação do novo reitor da universidade. A interferência do MEC se deve a pedido do candidato que ficou em segundo lugar, Marcos Schiefler Filho, que questiona, dentre outros pontos, a homologação do COUNI não ter correspondido ao percentual de votos dos docentes (70%), mas sim, feita de maneira “aberta e coletiva” sem considerar a votação uninominal.

Os servidores da UTFPR reconhecem que o processo de votação conteve erros, entretanto defendem a homologação do COUNI por entender que, a partir da luta feita em 2011, a paridade é uma conquista efetiva da categoria. “Não sabemos quais as reais intenções desses grupos que colocam m cheque o que a categoria conquistou”, disse Weslei Trevizan Amâncio, da UTFPR Londrina.

Sede Neoville
Alguns servidores pontuaram em assembleia sobre a iniciativa da reitoria em transferir alguns setores para Sede Neoville, recentemente instalada em Curitiba. Os trabalhadores não foram consultados em nenhum momento sobre o processo de transição e mudança e receiam as condições de trabalho que podem encontrar. “Estão usando o dinheiro nosso e da comunidade sem consultar a gente, o que é isso?”, assinalou Aline.

Um questionário será organizado pelos próprios servidores para saber sobre as demandas de cada local de trabalho. O documento será entregue para a administração superior no próximo dia 6, que terá um prazo de uma semana para responder.

Assessoria de Comunicação e Imprensa do Sinditest-PR.

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