10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos: por que precisamos defendê-los?

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O dia 10 de dezembro é um marco mundial na luta pela dignidade de todas as pessoas. Foi nessa data, em 1948, que a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), documento que estabeleceu a proteção aos direitos humanos como norma comum a todos os povos e nações.

O surgimento do acordo se deu logo após a Segunda Guerra Mundial, período marcado pela violação sistemática dos direitos mais básicos. Como exemplo, é possível citar os crimes praticados pelo Nazismo contra judeus, comunistas, ciganos e homossexuais, e as bombas atômicas lançadas pelos Estados Unidos sobre o Japão, causando a morte de centenas de milhares de inocentes.

Desde então, o respeito aos direitos fundamentais de todos os seres humanos é tratado como uma norma a ser seguida.  São considerados direitos humanos básicos o direito à vida, à liberdade de expressão, à saúde, à educação e ao trabalho.

Essas são as garantias mínimas para que qualquer pessoa, independentemente de cor, gênero, nacionalidade, orientação sexual e religião, consiga viver com dignidade. Nas últimas décadas, o Brasil e outros países da América Latina vivenciaram um avanço importante na garantia dos direitos humanos.

Eles deveriam ser incontestáveis, mas, recentemente, setores políticos descompromissados com a dignidade da população e com a democracia iniciaram uma forte campanha de desinformação e estigmatização em torno dos direitos humanos.

Falsas polêmicas e mentiras circulam exaustivamente nas redes sociais, deturpando o conceito e a finalidade dos direitos humanos. Brasileiros que doam a vida para a defesa desses direitos estão cada vez mais expostos à violência.

Somos o país que mais mata ativistas de direitos ligados à terra e o meio ambiente: em 2017, 57 brasileiros foram assassinados por defender essas garantias. De acordo com a ONG Global Witness, o agronegócio está diretamente ligado a 46 mortes registradas.

Não há dúvidas de que o governo Bolsonaro, responsável pela radicalização do discurso contra os direitos humanos, representa um dos períodos mais delicados da história recente do país. Nesse cenário, o papel dos trabalhadores e de todos os que prezam dignidade humana é fazer enfrentamento à violação sistemática de direitos.

Já não é mais uma questão de posicionamento político. É a civilização contra a barbárie. Por isso, o Sinditest-PR comemora o Dia Internacional de Direitos Humanos em tom de luta e de resistência. Nossa voz continuará ecoando até que todos e todas tenham direito a uma vida digna.

Fonte: Sinditest-PR

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